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PAN propõe "rendimento básico incondicional a todos os cidadãos"

20 mai, 2014

"Precisamos de estar bem economicamente para que possamos investir do ponto de vista ecológico naquilo que é preciso fazer”, afirma Orlando Figueiredo.

PAN propõe "rendimento básico incondicional a todos os cidadãos"

Orlando Figueiredo, cabeça-de-lista do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) às eleições europeias do próximo domingo, defende a criação de um “rendimento básico incondicional”, que permita que todas as pessoas vivam com dignidade.

Esta prestação social seria destinada a “todos os cidadãos, independentemente do seu estado civil, de estarem empregados, desempregados”, explica o candidato em entrevista à Renascença.

Segundo Orlando Figueiredo, trata-se de “um rendimento que permita que as pessoas vivam com dignidade e tenha acesso aos bens básicos: alimentação educação. Não é um salário mínimo, é um rendimento a todos os cidadãos, a atribuir pelo Estado em colaboração com a União Europeia”.

“Alguns dos cálculos a que tive acesso aponta para um rendimento básico incondicional de cerca de 420 euros, apenas 10% da população portuguesa perderia dinheiro e seriam os mais ricos”, argumenta.

E o que é que isso tem a ver com os animais e a natureza? O candidato responde que “tem tudo a ver”, porque “nós precisamos de estar bem economicamente, para que possamos investir do ponto de vista ecológico naquilo que é preciso fazer”, como o desmantelamento de “barragens obsoletas”, entre outras medidas.

O PAN defende também “uma proposta de reforma do sistema bancário que visa devolver aos Estados, por via do Banco Central Europeu, o poder de produção de dinheiro”, ou seja, “os bancos produzem dinheiro a partir do nada, através da emissão de dívida”.

Em matéria ambienta, Orlando Figueiredo diz que, apesar de a União Europeia ser líder mundial na definição de metas climáticas, “não está bem e ainda há muito para fazer”, nomeadamente, “há que ter coragem política de implementar muitas das decisões que são tomadas”.

O PAN propõe a criação de um Tribunal Europeu dos Direitos dos Animais e do Ambiente e a criação de uma Carta dos Direitos dos Animais e do Ambiente, uma maneira de reconhecer direitos e respeitar os animais, sublinha Orlando Figueiredo.