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Grécia vota e Europa treme

17 dez, 2014 • Manuela Pires

Esta quarta-feira é o primeiro dia de todas as decisões na Grécia. Os deputados votam na primeira volta para eleger o Presidente, mas é a batalha para as Legislativas que está a começar.

O “Diário de Notícias” conta que o partido de esquerda Siryza é o favorito e isso está a assustar a Europa. O candidato apoiado pelo partido do Governo precisa dos votos de dois terços dos 300 deputados e isso não está garantido. Os deputados têm três tentativas até ao final do ano para escolherem o novo Presidente.

O comissário europeu da Economia, que visitou ontem Atenas, não escondeu as preferências de Bruxelas sobre o desfecho das eleições Presidenciais gregas. Citado pela EuroNews, Pierre Moscovici diz esperar que o país possa pôr fim ao programa de resgate em Fevereiro.

O “Público” destaca o acordo alcançado em Bruxelas, onde Portugal consegue um aumento de 18% nas quotas de pesca, mais carapau, tamboril, biqueirão e lagostim. A ministra da Agricultura diz que o acordo “é histórico” e os armadores aplaudiram o resultado das negociações.

O jornal “i” dá conta de outro tema que Bruxelas está a seguir de perto. A Google News decidiu encerrar em Espanha em resposta às medidas do Governo de Madrid, que aprovou uma lei que permite aos editores dos meios de comunicação social receberem uma compensação por parte dos servidores que incluam os seus conteúdos.

A Alemanha e o Reino Unido caminham no mesmo sentido e a União Europeia está atenta a este processo. O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho diz que vai levar o tema a debate no Parlamento Europeu. O jornal “El Pais” traz esta manhã as prioridades da Comissão Europeia para o próximo ano.

O plano foi apresentado ontem no Parlamento Europeu por Jean Claude Juncker, que pretende activar um novo ciclo político centrado no crescimento e no emprego.

É preciso apostar numa união energética para acabar com a dependência da Rússia. A nova Comissão quer ainda menos legislação e, desde já, vão ser retiradas 80 normas. É a resposta a muitos países, incluindo o Reino Unido, que acusam Bruxelas de ter ido longe demais, por exemplo, no que toca à regulação, vai ser retirada a directiva sobre a qualidade do ar. Por outro lado, a Comissão dá um prazo de seis meses para que seja alcançado um acordo sobre o projecto que regulamenta as baixas por maternidade.

A Deutsche Welle fala nos pedidos do Primeiro-ministro da Ucrânia. Arseniy Yatsenyuk esteve na NATO em Bruxelas, onde pediu mais ajuda militar para construir uma nova estratégia de segurança e de defesa e, na União Europeia, pediu ajuda financeira urgente.