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Espanhóis cépticos quanto à Europa com as eleições à porta

21 abr, 2014 • Anabela Góis

Um estudo mostra que os espanhóis duvidam cada vez mais da União Europeia. Em Malta, fala-se dos Comissários Europeus que participam na campanha. Em Portugal, está em cima da mesa a hipótese de um programa cautelar mais suave que terá sido proposto a Bruxelas.

A pouco mais de um mês das eleições para o Parlamento Europeu, o ABC andou pelas ruas a perguntar aos espanhóis o que pensam do próximo acto eleitoral, para concluir que “interessa a pouca gente”. O diário lembra que, nas últimas Europeias, em 2009, a participação foi de, apenas, 43%. Quase dois terços dos espanhóis – de acordo com uma sondagem recente – têm cada vez menos ilusões e confiança na União Europeia.

As eleições de 25 de Maio em destaque, também, no Times of Malta, que refere o número pouco habitual de Comissários Europeus que vão estar envolvidos na campanha. 7 dos 28 membros da Comissão Europeia - em risco de não serem reconduzidos pelos seus países - vão lutar por um lugar no Parlamento de Estrasburgo.

A Deutsche Welle dá conta de um tema que diz ter sido esquecido na campanha para 25 de Maio: a rádio alemã diz que, apesar de a União Europeia ser quem mais ajudas dá ao desenvolvimento, essas políticas não têm eco na campanha eleitoral para o Parlamento Europeu. E diz, também, que os interesses económicos estão a ameaçar a sua eficácia.

De regresso a Espanha, o El Economista dá conta do crescimento do negócio automóvel: a venda de carros na Europa aumentou 8,4% no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período do ano passado. A Associação de Construtores Europeus de Automóveis diz que foram vendidos 3,4 milhões de unidades entre Janeiro e Março.

O Expansión diz que os bancos espanhóis estão entre os maiores da União Europeia: Santander, BBVA e La Caixa lideram o “ranking” dos depósitos.

Por cá, o Diário Económico dá destaque, na primeira página, às negociações do executivo com os credores europeus para o período pós-programa de ajustamento financeiro e escreve que “o Governo sondou Bruxelas sobre o acesso a um programa cautelar mais suave”. O jornal adianta que “a possibilidade não está fechada, mas as posições do Norte da Europa encaminham Portugal para uma saída limpa”.

O inglês The Independent dá voz às críticas do responsável pelo DailyMotion, à Comissão Europeia. Giuseppe de Martino lamenta que após 8 anos a investigar denuncias de más práticas do Google “Bruxelas não seja mais dura com o gigante norte-americano” e  deixa o desabafo: “Os EUA estão a governar o mundo digital e a Europa não reage”. 

Por fim, a televisão norte americana NBC diz que o acordo de tréguas assinado na Ucrânia corre o risco de descarrilar: União Europeia, Rússia, Ucrânia e os EUA acordaram que os grupos armados ilegais seriam desmantelados, num processo supervisionado pela OSCE, mas, durante o fim-de-semana, registou-se um novo um ataque armado no leste do país que fez três mortos e ameaça a tentativa de estabilidade na região.