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Vítor Gaspar

"Há enorme desvio entre o que os portugueses querem do Estado e o que estão dispostos a pagar"

24 out, 2012

Ministro das Finanças deixou reparos ao que considera ser um contra-senso.

"Há enorme desvio entre o que os portugueses querem do Estado e o que estão dispostos a pagar"
O ministro das Finanças sublinhou esta manhã que "existe aparentemente um enorme desvio entre aquilo que os portugueses acham que devem ter como funções sociais do Estado e os impostos que estão dispostos a pagar para assegurar essas mesmas funções". Vítor Gaspar está esta quarta-feira na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças a apresentar as propostas do Orçamento do Estado para 2013 e do segundo orçamento rectificativo para este ano.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, disse, esta quarta-feira, no Parlamento, que há um “enorme desvio” entre o que os portugueses acham que devem ser as funções sociais do Estado e os impostos que estão dispostos a pagar para assegurar essas mesmas funções.
 
Vítor Gaspar considera que "esse problema é fundamental". "É um problema difícil, quer do ponto de vista social, quer do político", referiu Vítor Gaspar na audição na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

O titular da pasta da Finanças considera ainda que, sem as medidas de austeridade, "não teria sido possível concluir com sucesso o quinto exame regular" da 'troika', o que "teria precipitado uma situação muito difícil para a sociedade portuguesa".

O ministro defendeu ainda que o IRS será mais progressivo em 2013 que foi em 2012, porque, diz, "a taxa média efectiva aumenta mais para os rendimentos mais elevados". "Isto significa que o IRS é mais progressivo que em 2012."

"Não pode haver dúvidas de que o sistema de IRS é progressivo. Era assim em 2012, será assim em 2013", disse o ministro, respondendo às dúvidas que se têm colocado relativamente à constitucionalidade das mudanças nos escalões de IRS.