É possível uma “economia de comunhão”? 800 empresas dizem que sim
27 set, 2012 • Domingos Pinto
A Economia de Comunhão baseia-se na doutrina social da Igreja e nasceu no seio do movimento católico Focolares.
E se as empresas utilizassem os seus lucros para o bem-estar dos seus funcionários e para apoiar projectos de ajuda aos mais pobres?
A pergunta foi lançada em Lisboa pelo economista Luigino Bruni, Presidente Internacional do projecto “Economia de Comunhão” do Movimento dos Focolares.
Um projecto que nasceu no Brasil quando a fundadora do movimento Focolares pediu a alguns empresários que usassem os seus lucros para ajudar os trabalhadores. Hoje a ideia, inspirada na doutrina social da Igreja, conta já com a adesão de 800 empresas em todo o mundo.
Na sua passagem pelo nosso país este especialista deixou recados à Europa, aos mercados e a Portugal. “Portugal deve redescobrir a sua vocação produtiva. Portugal teve uma história ligada à pesca, à agricultura, ao comércio, ligada a uma história milenar e que se perdeu devido a uma comunidade europeia que não vê muito longe. Portanto é necessário reconstruir a vocação económica”, considera Luigino Bruni.