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Governo quer que 50% do ensino obrigatório seja profissional

21 ago, 2012

Objectivo foi deixado no final de uma reunião com os parceiros sociais. Para Nuno Crato este ensino é fundamental para o desenvolvimento do país.

Governo quer que 50% do ensino obrigatório seja profissional
O ministro da Educação revela que vai receber verbas significativas do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional) para dinamizar o ensino profissional, garantindo, que ainda este ano, irá conseguir que 50% desse ensino seja obrigatório.

"Os nossos planos são chegar a 50% ainda este ano, do ensino secundário", ou seja, "o nosso objectivo é que os jovens escolham as suas carreiras, mas pensamos que chegar aos 50% na parte da escolaridade obrigatória no ensino profissional é um objectivo que faz sentido para o país", declarou o ministro da Educação e Ensino Superior, Nuno Crato, no final de uma reunião com os parceiros sociais.

Governo e parceiros sociais estiveram mais de quatro horas em concertação social para discutir a proposta governamental de reprogramação do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) que assume como vectores gerais o reforço dos apoios ao emprego e aos desempregados e o estímulo às empresas.

Nuno Crato mencionou que "há novos cursos já este ano", tendo o ministério incentivado "a abertura dos cursos tendo em conta a capacidade das escolas para oferecerem esses cursos com qualidade".

Cursos com empregabilidade
Um segundo critério tido em conta pelo Executivo é "a empregabilidade dos cursos", disse o ministro da tutela, acrescentando que os jovens terão à sua disposição "áreas muito variáveis" direccionadas para sectores como o comércio, bens transaccionáveis, turismo, restauração e indústria.

De acordo com Nuno Crato, "o ensino profissional é fundamental para o desenvolvimento do país e todo o dinheiro empregue na educação dos portugueses é dinheiro bem empregue".

A proposta de reprogramação dos fundos comunitários, no âmbito do Quadro de Referência Estratégica nacional, foi apresentada pelo Governo à Comissão Europeia em Julho, alterando assim as prioridades de financiamento da formação profissional.