Os técnicos da Direcção Regional de Agricultura do Norte estiveram esta quinta-feira no Alto Douro, local onde na noite passada caiu uma chuva de granizado, e vão divulgar nos próximos dias os valores dos prejuízos e a área afectada.
As freguesias mais afectadas foram as de Celeirós e de Vilarinho de São Romão. Nestas duas localidades há vinhas, pomares, e hortas completamente destruídas pela queda de granizo.
Deolinda Flamino perdeu tudo. “Tanto a vinha, como as hortas, como árvores de fruto está tudo destroçado”, lamenta esta agricultora.
Manuel António dos Santos, presidente da Casa do Douro, fala em catástrofe e pede ajuda para colmatar os prejuízos: “Os poderes públicos, a nível nacional e europeu, têm de olhar para este tipo de actividade e verificar que de um momento para o outro as pessoas ficam sem nada.”
“Esta é uma situação verdadeiramente catastrófica”, lamenta Manuel António dos Santos.
Ajuda é o que pede também Berta Santos, presidente da Associação de Vitivinicultores Independentes do Douro. [Precisamos de] “apoios excepcionais, a fundo perdido, para acudir a esses agricultores e, além disso, um período de carência, de dois anos, para pagamentos aos bancos”.
A vindima já está feita em Celeirós e em Vilarinho de São Romão. O próximo ano está também hipotecado. Será por certo este o tema de uma reunião que terá lugar no sábado e que vai juntar à mesma mesa, em Sabrosa, Casa do Douro, Instituto do Vinho do Douro e Porto e a associação de exportadores.
Ao longo da tarde caiu granizo noutros concelhos do interior norte. Bruno Café, do Instituto de Meteorologia,
admite repetição destes fenómenos até sábado.
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