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Investigadores portugueses criam "robot" vigilante

07 mai, 2012

Faz rondas, detecta incêndios ou inundações. É adequado a espaços de grandes dimensões, em que seja necessário o vigilante "andar muito", como armazéns, centros comerciais ou garagens.

Um robot que detecta intrusos, temperaturas demasiado elevadas ou inundações, pode passar a vigiar instalações de grandes dimensões, como armazéns ou centros comerciais, evitando situações perigosas para os seguranças.

"O robot transporta um conjunto de sensores, de fumo, gás, monóxido de carbono, temperaturas, ou inundações de água no chão, e faz rondas como se fosse um segurança", disse à Lusa um dos coordenadores do grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes do INESC TEC.

António Paulo Moreira explicou que o projecto "inclui câmaras de vigilância, mas também uma câmara térmica que vê a temperatura e detecta corpos quentes", tanto em caso de incêndio como de alguma máquina a aquecer demasiado, através de uma imagem em que a cor reflecte a temperatura.

O especialista, também professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, referiu que, ao detectar situações anómalas, que "até poderiam ser perigosas para o segurança", como um assalto ou uma fuga de gás, "é possível enviar o robot ao local e tentar resolver".

O robot é adequado a espaços de grandes dimensões, em que seja necessário o vigilante "andar muito", como armazéns, centros comerciais ou garagens, até porque "tem um software que lê automaticamente matrículas de automóveis e pode detectar a presença de monóxido de carbono, um gás perigoso quando presente em determinadas quantidades", referiu ainda.

O projecto teve o trabalho dos investigadores do grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes do INESC TEC e resultou de um pedido de colaboração de três empresas portuguesas que querem fabricar e comercializar o robot vigilante.

O primeiro "Robvigil" vai ter a sua apresentação pública no âmbito do Fórum do Mar, que decorre de quinta-feira a sábado, na Exponor, em Leça da Palmeira e deve começar o "trabalho" numa empresa em Julho, a título experimental.