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"Déjà vu" no Índico. Trinta países em alerta de tsunami

11 abr, 2012 • João Cunha

Apesar de ainda não haver sinais de alteração no nível do mar, instalou-se o pânico na região com milhares de pessoas a fugir das zonas costeiras.

"Déjà vu" no Índico. Trinta países em alerta de tsunami
A costa do oceano Índico está sob alerta de tsunami, após um sismo de 8.6 de magnitude que abalou a costa da Indonésia, esta manhã, seguido de duas réplicas, uma de 6.5 e outra de 8.1. A população das zonas costeiras já está a fugir para o interior do país. Não há, para já, registo de vítimas mortais. Em 2004, a mesma região foi afectada por um dos mais violentos sismos de que há memória e por um devastador tsunami, fazendo mais de 200 mil mortos.
A ocorrência de um grande sismo e de várias réplicas, com epicentro ao largo da Indonésia, levou as autoridades a emitir um novo alerta de tsunami. Contudo, não há para já dados relativos a vítimas ou danos materiais.

O Presidente da Indonésia diz não existirem ainda quaisquer relatos de danos humanos ou materiais em virtude do violento sismo de 8,7 na escala de Richter que esta manhã assolou a ilha de Samatra.

O que se sabe, para já, é que a região de Aceh está sem energia eléctrica e sem telefones.

Para toda a região do Oceano Índico foi decretado um alerta de tsunami, que abrange 30 países. Todavia, não foi ainda registada qualquer alteração significativa no nível do mar.

Apesar disso, o pânico instalou-se. Milhares de pessoas estão a fugir das zonas costeiras, em países como a Indonésia, a India e a Tailândia, para zonas mais altas, tentando assim evitar a possível subida das águas.

Na Tailândia foi mesmo emitido um alerta para evacuar seis províncias costeiras e o aeroporto de Phuket, por precaução, foi encerrado.

Na memória de todos na região está ainda o sismo e consequente tsunami que, em 2004, provocou a morte de cerca de 230 mil pessoas.

Português a salvo
O único português que se sabe que estaria na zona do Aceh, mais atingida pelo sismo desta manhã, está a salvo, garante a embaixada portuguesa em Jakarta.

Segundo informações da missão diplomática portuguesa na capital da Indonésia, o cidadão terá encontrado refúgio nas montanhas daquela região e está livre de perigo.