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Paulo Rangel. Cavaco foi complacente com José Sócrates

29 ago, 2015

O eurodeputado criticou o Presidente da República por não ter sido mais interventivo no início do mandato de José Sócrates.

Paulo Rangel. Cavaco foi complacente com José Sócrates

O eurodeputado, Paulo Rangel, teve José Sócrates na mira, mas também todos os que ao longo do tempo com partilharam o poder com o ex-primeiro-ministro e nada fizeram para o travar. O Presidente da República, Cavaco Silva, não fica isento de culpas. 

“O Presidente da República no início do Governo Sócrates também achava que estava a fazer um bom trabalho, a ministra da Educação estava a fazer um bom trabalho. Para depois no discurso de tomada de posse desfazer o Governo. Mal. Prefiro um presidente que ponha espinhos no caminho quando tem de pôr, e depois não tenha de usar as armas letais quando o mal está feito”, defendeu Rangel durante a intervenção na manhã deste sábado na Universidade de Verão do PDS que termina amanhã em Castelo de Vide.

“Para mim, um presidente que alerte, critique, um presidente que é interventivo não é um mau presidente. Um presidente complacente é um mau presidente”, acrescentou o eurodeputado.

“Sou a favor de uma maior intervenção presidencial. O Governo precisa que ponham os pontos nos ‘is’. Isso faz-se em privado mas também se faz em público. Um candidato com perfil mais interventivo era algo que via com interesse”, argumentou.

Paulo Rangel quer ainda o reforço dos poderes presidenciais na área da justiça, considerando que o Presidente da República deveria ter a chefia dos conselhos superiores de magistratura dos tribunais administrativos e fiscais.