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Tsipras agradece a Varoufakis "incansável esforço"

06 jul, 2015

Atenas reconhece o "papel de líder" que o ministro das Finanças desempenhou nas negociações com os credores desde que o partido Syriza ganhou as eleições em Janeiro.

Tsipras agradece a Varoufakis "incansável esforço"
O primeiro-ministro grego agradeceu ao ministro das Finanças demissionário o "incansável esforço" na defesa dos interesses da Grécia nas negociações com os parceiros da União Europeia. Yanis Varoufakis demitiu-se para facilitar negociações gregas com os credores.

Varoufakis anunciou a demissão para facilitar um acordo com os credores e, depois da reunião de Tsipras com os líderes dos partidos políticos gregos, com excepção dos neonazis, que está a decorrer agora no palácio presidencial, o governo vai anunciar o sucessor, esclareceu.

"O primeiro-ministro sente a necessidade de agradecer o incansável esforço (de Varoufakis) para defender a posição e os interesses do governo e do povo grego em condições muito difíceis", sublinhou o porta-voz do executivo. Gavriil Sakelaridis reconheceu ainda o "papel de líder" que Varoufakis desempenhou nas negociações com os credores desde que o partido Syriza ganhou as eleições gerais em 25 de Janeiro.

Desde então, Varoufakis tem sido a figura mais controversa no estrangeiro e nas reuniões do Eurogrupo muitos ministros queixavam-se, mais ou menos abertamente, da dificuldade de negociar com o titular das Finanças grego.

Em Abril, Tsipras decidiu reduzir o papel de Varoufakis nas negociações em Bruxelas e deixou de facto o comando das negociações a cargo do vice-ministro das Relações Internacionais Económicas, Euclidis Tsakalotos.

Num texto publicado no seu blogue, Varoufakis explica ter sido informado "da preferência de alguns membros do Eurogrupo e de parceiros associados pela (sua) ausência das reuniões, uma ideia que o primeiro-ministro considerou potencialmente útil na obtenção de um acordo".

Atenas está convencida de que as negociações sobre as reformas e as medidas orçamentais, debatidas com a UE e o Fundo Monetário Internacional nos últimos cinco meses, podem ser retomadas a partir de hoje.