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Ministro deixa no ar ameaça de travar privatização da TAP

02 jun, 2015

Pires de Lima pede, pela segunda vez, aos dois candidatos para melhorarem as propostas.

O ministro Pires de Lima voltou a falar da necessidade dos dois candidatos finais ao processo de privatização da TAP melhorarem as propostas. É a segunda vez que o diz numa semana.  

À margem da visita à Madeira, o governante questionado pelos jornalistas se havia a hipótese de interromper o processo, respondeu: "É muito importante que os dois concorrentes façam o melhor esforço e a melhor proposta". Isso quer dizer que o processo pode não se concluir? "Para bom entendedor, meia palavra basta", afirmou.

Pires de Lima voltou a falar do processo de privatização da TAP, e para reforçar que os concorrentes têm de "dar corda aos sapatos" como fizera há sete dias.

"Este é um processo competitivo e ganhará a proposta que objectivamente encaixar nas condições que foram defenidas pelo Governo e for a melhor proposta", disse. Para depois reforçar: "É muito importante que  os dois comcorrentes que foram escolhidos para esta fase final façam o melhor esforço. Apresentem a melhor proposta”.

Já esta segunda-feira, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, afirmou também que o Governo deseja a melhoria das propostas por parte dos actuais dois concorrentes à venda da transportadora aérea. E no fim da conversa com os jornalistas, disse que a privatização não se realizar é "uma possibilidade que está sempre em cima da mesa".

Quem são os compradores?
O Governo decidiu passar dois candidatos à compra da TAP à fase de negociação, afastando o consórcio de Miguel Pais do Amaral e continuando a negociar com Gérman Efromovich e David Neeleman. O Conselho de Ministros decidiu mandatar os secretários de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e do Tesouro, Isabel Castelo Branco, para avançar com as negociações junto dos outros dois consórcios, sempre com a Parpública incluída.

A proposta de Gérman Efromovich, dono da operadora aérea Avianca e do grupo Synergy, inclui a entrega de 12 novos aviões Airbus após a transferência das acções da companhia e a renovação da frota da Portugália com aviões Embraer até 2016, sendo que o empresário propõe recapitalizar a empresa em 250 milhões de euros, segundo informações avançadas pela imprensa.

David Neeleman, patrão da companhia aérea brasileira Azul e que está em parceria com Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro, promete reforçar a TAP com 53 novos aviões e investir 350 milhões de euros.