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Plano macroeconómico. PSD faz 29 perguntas a António Costa

27 abr, 2015

Sociais-democratas questionam alguns dos dados de referência que sustentam o documento elaborado por uma equipa de 12 economistas, pedem vários esclarecimentos e desafiam os socialistas a submeter o plano à UTAO e ao Conselho de Finanças Públicas.

O secretário-geral do PSD, Marco António Costa, enviou esta segunda-feira uma carta ao líder do PS, António Costa, com 29 perguntas sobre o plano macroeconómico socialista.

Os sociais-democratas questionam alguns dos dados de referência que sustentam o documento elaborado por uma equipa de 12 economistas, ao longo de quatro meses.

Na missiva, o PSD pede esclarecimentos relativamente a várias medidas previstas no plano macroeconómico “Uma Década para Portugal”.

O partido de Pedro Passos Coelho pergunta, por exemplo, “qual é exactamente a proposta de reavaliação do factor de sustentabilidade nas pensões”.

O plano socialista propõe a redução para 1,75% já em 2016 da sobretaxa de IRS e o fim da medida de austeridade em 2017.

Na carta agora conhecida, os sociais-democratas querem também saber “de quanto é o impacto estimado de perda de receita de uma eliminação da sobretaxa de IRS em 2016 e 2017”.

Outra medida emblemática do documento “Uma Década para Portugal” é a redução da taxa social única (TSU) para os trabalhadores com uma redução da pensão futura.

O PSD pergunta se “o que está subjacente à análise é um plafonamento das pensões? O objectivo é estimular consumo presente em troca de perda de rendimento futuro?”

Os sociais-democratas convidam, também, o PS a “tomar a iniciativa de submeter o cenário macroeconómico” à Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) e, eventualmente, ao Conselho de Finanças Públicas.

Na carta enviada ao líder socialista, Marco António Costa refere que independentemente das diferenças entre os dois partidos, “quanto às políticas económicas ou quanto à estratégia orçamental”, o documento “Uma Década para Portugal” pode contribuir para " uma discussão em torno de questões concretas e, dessa forma, dar a conhecer aos portugueses o projecto político que cada Partido pretende concretizar após as eleições deste ano.”

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