26 abr, 2015
A coligação eleitoral entre PSD e CDS não foi muito preparada, na opinião do comentador Marcelo Rebelo de Sousa.
“Foi uma coisa muito preparada? Acho que não. Esta nova versão de que esteve semanas a ser preparada… Isto foi uma coisa de muito pouco tempo”, afirma o antigo líder social-democrata, no seu habitual espaço de comentário na TVI.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que, quem ler a declaração assinada entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas e que conhecer a política, “percebe que é uma coisa feita na ponta final, em 48 horas”.
“É muito vaga e seguiu um sistema que não é habitual. Habitualmente, vai órgãos dos partidos e depois celebra-se. Aqui foi celebrada e vai aos órgãos dos partidos para celebração”, sublinha.
“Há espaço para conversações entre PS e PSD”
Se as eleições legislativas do final do Verão não resultarem numa maioria absoluta, Marcelo Rebelo de Sousa acredita que PSD e PS podem sentar-se à mesa e negociar.
“Há pontos comuns, não é por acaso que estes partidos estão no arco da governação, que é: o respeito pela União Europeia, por muito que haja visões diferentes, a preocupação com o défice e com a dívida pública.”
Para o comentador, os dois partidos trilham “dois caminhos diferentes”, mas “têm em comum o facto de, se o resultado das eleições apontaram para não haver uma maioria absoluta
“Isso faz com que haja dois caminhos diferentes, mas que têm em comum o facto de, se o resultado das eleições apontaram para não haver uma maioria absoluta, há espaço para conversações entre PS e PSD”, defende Marcelo Rebelo de Sousa.