A Assembleia da República (AR) perdeu a petição subscrita por fez mil pessoas a pedir a reabertura da comissão de inquérito aos submarinos. Foi entregue há 15 dias mas os serviços de Assunção Esteves não o encontram.
Fonte oficial ligada à presidente Assunção Esteves garantiu que, com base em informação disponibilizada pelos "serviços", "na plataforma das petições online da Assembleia da República” não entrou nada", segundo o “Jornal de Notícias”.
O documento, que exige um inquérito parlamentar à compra dos submarinos, foi entregue via electrónica, no site do Parlamento, a 22 de Janeiro.
Segundo Rui Martins, um dos autores, que tem comprovativo de que a submissão do documento no site da AR foi feita com sucesso, o cenário é inesperado, mas não surpreendeu. "Tendo em conta o texto, que alude a novos dados sobre o caso, como as reuniões do
Grupo Espírito Santo, são capazes de o descartarem antes de ser admitido".
O contrato da compra dos dois submarinos por mil milhões ocorreu em 2004, quando o primeiro-ministro português era Durão Barroso e o ministro da Defesa era Paulo Portas. Este último, dirigente do CDS/PP e actual vice-primeiro-ministro, foi ouvido este ano pelo Ministério Público, como testemunha, durante a investigação.
O negócio da compra por Portugal daqueles submarinos alemães (baptizados de Arpão e Tridente) disponibilizou, aos quatro arguidos e a membros do Grupo Espírito Santo (GES), 27 milhões de euros, mas o Ministério Público não conseguiu obter provas sobre os fluxos financeiros e arquivou o caso.