Simulacro de tsunami envolve 40 países da Ásia às Américas

Altifalantes, sirenes e sinais que marcam as rotas de evacuação. Quarenta países banhados pelo oceano Pacífico, da Ásia às Américas, estão a testar, durante esta semana, os seus sistemas de alerta precoce de tsunami e exercícios de evacuação.

Países como Japão, Filipinas, Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos estão envolvidos nos exercícios. A mensagem-chave para as comunidades costeiras é "correr e procurar um lugar mais alto". 

Quase 75% dos tsunamis ocorrem no Pacífico, de acordo com a ONU, provocando milhares de mortes e elevadas perdas económicas.

A iniciativa, apoiada pelas Nações Unidas, visa testar os sistemas de comunicação utilizados em caso de terramotos e avisos de tsunami, por forma a melhorar a resposta dos países a estas catástrofes naturais.

Estar preparado
"Este exercício vai testar um novo mecanismo de dados que permitirá aos governos prever melhor as várias características do tsunami - como altura, direcção de ondas e energia – para depois saber o que comunicar às populações”, explicou Bernardo Aliaga, responsável pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental sobre Tsunamis da Unesco.

"Sabemos que a frequência e intensidade de vários eventos relacionados com o clima têm vindo a aumentar nos últimos anos. Governos e comunidades precisam se preparar para essas situações", disse Aliaga à agência Reuters, através de uma entrevista feita por telefone.

Representantes dos países participantes neste simulacro vão reunir-se em Abril, no Havai, para analisar as respostas dadas durante o exercício.