Faleceu, esta segunda-feira, Anthímio José de Azevedo, grande divulgador da meteorologia e da física do clima.
"O desaparecimento de Anthímio de Azevedo deixa a meteorologia nacional de luto, e em especial o Instituto Português do Mar e da Atmosfera onde desenvolveu uma grande parte da sua atividade profissional, e onde foi um dirigente relevante", refere o IPMA em
comunicado.
A nota acrescenta que “por indicação da família”, as cerimónias fúnebres serão privadas.
“Meteorologista de profissão, tornou-se um dos rostos mais conhecidos da televisão, tendo dado a cara pela meteorologia portuguesa na televisão pública desde 1 de Novembro de 1964 a 1967, de 1971 a 1977, e de 1981 a 1990, altura em que este serviço foi interrompido pela primeira vez, apesar dos protestos dos espectadores”, revela o comunicado.
Anthímio José de Azevedo tinha 88 anos. Nasceu em Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel, Açores.
“Alcançar quem o via e ouvia” O meteorologista Costa Alves lembrou a "maneira muito especial" de comunicar do seu colega, considerando que marcou "a entrada da meteorologia" na informação pública.
"Anthímio de Azevedo, com aquela maneira muito particular e especial de comunicar, é um marco da entrada da meteorologia na informação pública televisiva", disse Costa Alves à agência Lusa, lembrando que, quando se tornou meteorologista, foi recebido na profissão pela geração de que fazia parte Anthímio.
Dessa altura recorda "a sua maneira especial de ser, a forma como publicamente apresentava a sua análise dos acontecimentos meteorológicos, a sua expressividade e a capacidade de alcançar quem o via e ouvia", sublinhou.