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Orçamento de 2015 é o princípio do fim dos sacrifícios, diz ministra

24 out, 2014

Maria Luís Albuquerque mostra-se optimista relativamente à prestação da economia e fala em boas notícias para famílas, pensionistas e empresas.

A ministra das Finanças considerou que a proposta de Orçamento do Estado para 2015 dá início a um desagravamento dos sacrifícios impostos nos últimos três anos, com a economia em recuperação.

"A proposta de Orçamento, em conjunto com outras iniciativas em diplomas autónomos, tem presente a importância de iniciar a reversão gradual das medidas de carácter transitório e de desagravar os sacrifícios exigidos aos portugueses nos últimos três anos", declarou Maria Luís Albuquerque esta sexta-feira, na sessão de abertura das jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP, na Sala do Senado da Assembleia da República.

Segundo a ministra das Finanças, "as famílias deverão registar um aumento do poder de compra em 2015", perspectiva-se um "aumento de rendimento de muitos pensionistas e trabalhadores do sector público" - devido à eliminação ou redução de cortes nos respectivos rendimentos. "Em 2015, também empresas contarão com uma melhoria", acrescentou, referindo-se à diminuição do IRC.

Na intervenção que fez perante os deputados do PSD e do CDS-PP, aberta à comunicação social, Maria Luís Albuquerque voltou a defender que a proposta de Orçamento para 2015 combina rigor com apoio à economia.

"Hoje, as bases para o crescimento económico estão construídas e permitem olhar o futuro com mais esperança, mas devemos olhá-lo com a mesma responsabilidade e com o mesmo sentido de determinação", afirmou, no final do seu discurso.

Reduzir mais a despesa?
A ministra das Finanças considerou, a propósito da revisão da meta do défice para 2015 de 2,5% para 2,7%, que seria "extremamente difícil definir novas medidas de redução da despesa de dimensão expressiva".

Segundo a ministra de Estado e das Finanças, "tendo presente que cerca de 75% da despesa pública corresponde a rubricas rígidas e sujeitas a enormes pressões de crescimento, seria extremamente difícil definir novas medidas de redução da despesa de dimensão expressiva".

De acordo com Maria Luís Albuquerque, o executivo PSD/CDS-PP teria, por isso, de fazer "alterações das taxas associadas às principais categorias de impostos" e, ponderando o impacto que isso teria na recuperação da confiança dos agentes económicos, "optou por não introduzir um novo aumento generalizado de impostos", revendo a meta do défice para 2,7% do PIB.