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Setúbal

Mau tempo arrasa 30 hectares de tomate

23 set, 2014 • Rosário Silva

Agricultores setubalenses pedem ajuda à ministra da Agricultura, rejeitando já um “não” por falta de dinheiro, porque, se há para a banca, também há para a agricultura.  

A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS) quer ser recebida em audiência pela ministra da Agricultura, de modo a inteirar Assunção Cristas dos prejuízos registados na produção de tomate, por causa do mau tempo.

“Temos mais de 30 hectares de tomate perdido, o que vem afectar ainda mais os pequenos e médios produtores de tomate para a indústria, num sector que, na península de Setúbal, tinha, há anos, 500 pessoas, e que hoje tem apenas cerca de três dezenas”, diz à Renascença o dirigente Avelino Antunes.

As contas não estão totalmente fechadas, a contabilidade faz-se, na medida do possível, mas a associação avança com uma estimativa de perda de entre “as 250 e as 300” toneladas de tomate.

A AADS reclama medidas compensatórias que permitam fazer face aos prejuízos provocados pelo mau tempo e que atingiu, sobretudo, os concelhos de Montijo e Palmela.

Avelino Antunes diz que o Estado tem obrigações para com os cidadãos e “não pode só ter obrigações, nem sequer devia ter, com uma oligarquia financeira que é a banca”.

“Não vale a pena dizer que não há dinheiro” afirma este responsável da ASDS, argumentando: “Todos sabemos que, se fosse uma inundação, permita-me dizer isto, numa banca qualquer, apareciam os milhões que fossem necessários”.