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PGR dá mais pormenores sobre inquérito a Luiz Felipe Scolari

14 mai, 2014

A notícia já tinha sido confirmada esta terça-feira pela Renascença. Hoje a Procuradoria confirmou mais detalhes sobre a situação fiscal do ex-seleccionador nacional.

PGR dá mais pormenores sobre inquérito a Luiz Felipe Scolari

Confirma-se que Luiz Felipe Scolari foi constituído arguido num inquérito que corre termos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

A Procuradoria-Geral da República confirma à Renascença a existência de um inquérito que corre termos no DCIAP, liderado por Amadeu Guerra.

Neste inquérito em curso investigam-se factos ocorridos entre 2003 e 2008, altura em que Scolari foi seleccionador nacional, e relativos a eventuais infracções fiscais.

No decurso das investigações foram solicitadas diligências ao abrigo da cooperação judiciária internacional à Holanda, Reino Unido, Brasil e Estados Unidos da América, estando este pedido aos EUA ainda pendente.

A notícia foi avançada pelo diário brasileiro "Folha de São Paulo", que cita um documento apresentado pelo jornal económico holandês "Het Financieele Dagblad", segundo o qual o treinador brasileiro não terá declarado verbas auferidas referente a direitos de imagem quando trabalhou para a Federação Portuguesa de Futebol, durante aquele período de tempo.

A referida publicação holandesa adianta que o DCIAP pediu informações à justiça norte-americana sobre uma hipotética transferência de 7,4 milhões de euros em direitos de imagem para a empresa Chaterrella Investors Limited que, por seu turno, terá depositado esse valor numa conta do banco Credit Lyonnais, em Miami.

Contudo, em declarações enviadas pela sua assessoria de imprensa à "Folha de São Paulo", "Felipão" terá negado tudo. "Eu fiz todas as minhas declarações correctamente em todos os países onde trabalhei. Se há algo errado não é comigo, a justiça que apure os factos", atirou.

Caso se confirme o crime de fuga ao fisco do actual seleccionador do Brasil, Scolari poderá vir a ser condenado por fraude fiscal e lavagem de dinheiro, arriscando cumprir uma pena que poderá ir até 17 anos de prisão.