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Passos Coelho

Reestruturar dívida? "Nem pensar! Totalmente fora de questão"

12 mar, 2014 • Ricardo Vieira e Pedro Rios

Na conferência "Portugal Pós-troika", organizada pelo "Jornal de Negócios" e pela Renascença, Passos Coelho rejeitou o "masoquismo" de quem defende a reestruturação da dívida

Reestruturar dívida? "Nem pensar! Totalmente fora de questão"
A "troika" já "deu mais tempo a Portugal", que nunca teve "juros tão baixos". Por isso, falar na reestruturação da dívida é, diz Passos Coelho, "uma discussão deslocada", um acto de "masoquismo" quando o país se prepara para fechar o programa de resgate. Na conferência "Portugal Pós-Troika", organizada pela Renascença e Jornal de Negócios, o primeiro-ministro desvalorizou o manifesto promovido pelos "mesmos que falavam na espiral recessiva, que diziam que isto não tinha saída nenhuma".

A "troika" já "deu mais tempo a Portugal", que nunca teve "juros tão baixos". Por isso, falar na reestruturação da dívida é, para o primeiro-ministro, "uma discussão deslocada", um acto de "masoquismo" quando o país se prepara para fechar o programa de assistência financeira.

Questionado sobre o manifesto de sete dezenas de notáveis, da esquerda à direita, que defendem a reestruturação "responsável" da dívida como único caminho viável para o país, Passos responde: "Nem pensar! Isso está totalmente fora de questão".

Na conferência "Portugal Pós-Troika", organizada pelo "Jornal de Negócios" em associação com a Renascença, o primeiro-ministro desvalorizou a iniciativa, promovida pelos "mesmos que falavam na espiral recessiva, que isto não tinha saída nenhuma".

"O Presidente da República disse, no ano passado, que falar em renegociação da dívida é masoquismo. E eu estou de acordo com ele", acrescentou.

Para Passos, não será necessário o país atingir um crescimento do PIB de 4% ao ano para assegurar a "sustentabilidade" da dívida pública.

"Se nós conseguirmos exibir nos próximos anos, em média, um excedente primário de 1,8%, se do lado macroeconómico uma inflação de 1% e um crescimento entre 1,5% e 2%, nós vamos conseguir um resultado de sustentabilidade da nossa dívida pública", defende.

Acompanhe ao minuto a conferência "Portugal Pós-Troika", organizada pelo "Jornal de Negócios" em associação com a Renascença.