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Polícias quebram silêncio e aplaudem ministro no Parlamento

08 nov, 2013

Miguel Macedo apresenta o Orçamento do Estado para o sector da segurança interna.

Polícias quebram silêncio e aplaudem ministro no Parlamento
Miguel Macedo anunciou que a PSP vai ser finalmente considerada um corpo especial na função pública. Os polícias, que estavam nas galerias da Assembleia da República para, "em silêncio", protestarem contra os cortes previstos no Orçamento do Estado para 2014, aplaudiram o Ministro da Administração Interna.
O ministro da Administração Interna anunciou que a PSP vai ser finalmente considerada um corpo especial na função pública. Os polícias, que estavam nas galerias da Assembleia da República para, "em silêncio", protestarem contra os cortes previstos no Orçamento do Estado para 2014, aplaudiram Miguel Macedo.

"As pessoas da PSP não são funcionários públicos como os outros. Têm de ter um tratamento diferenciado", disse o ministro aos deputados. Esta é uma das principais reivindicações dos sindicatos. Uma exigência muito antiga, que levou os polícias a manifestarem a sua satisfação.

Desde 2008 que os agentes da PSP foram integrados no regime de contrato em funções públicas – lei 12 A - à semelhança dos restantes trabalhadores do sector público.

O debate da proposta do Orçamento do Estado para 2014 para o sector da segurança interna está a ser acompanhada por polícias, que ocupam cerca de dois terços das galerias da Assembleia da República, numa iniciativa inédita dos 10 sindicatos de polícia.

Os sindicatos vão também entregar à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, um memorando conjunto, no qual exigem que passem a ter uma carreira especial, tendo em conta a sua condição de polícia.

O dia de luta termina com uma concentração ao fim da tarde, em frente aos Paços de Concelho das capitais de distrito, onde também vão entregar o memorando.

Outras novidades
O ministro da Administração Interna anunciou também a admissão de 100 novos elementos para a PSP e 400 para GNR no próximo ano, tendo já sido assinado o despacho.

Miguel Macedo adiantou que a admissão de novos militares na GNR vai decorrer em dois períodos no próximo ano, estando previsto um período de formação com 200 novos elementos e outro com mais 200.

Quanto ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Miguel Macedo afirmou que já possui o parecer favorável do Ministério das Finanças para proceder ao recrutamento interno de novos inspectores.

Já o período na reserva na GNR vai ser reduzido de cinco para dois anos: os militares passam à situação de reserva com 36 anos de serviço ou 55 anos de idade.