CDS sai em defesa do novo secretário de Estado da Alimentação

07 fev, 2013

Deputado do CDS Abel Batista lembra que ao tomar posse como secretário de Estado, Vieira e Brito vê cessar automaticamente o seu cargo anterior e, por isso, não há qualquer risco de favorecimento. PCP continua com dúvidas.

O CDS-PP sai em defesa do novo secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar e acusa o Partido Comunista de mentir ao país e de promover a “baixa política”. Na quarta-feira, o PCP pediu esclarecimentos sobre o facto de Alexandre Vieira e Brito ter sido nomeado director-geral de Veterinária na véspera de se saber que iria para o Governo.

O deputado do CDS Abel Batista lembra que ao tomar posse como secretário de Estado, Vieira e Brito vê cessar automaticamente o seu cargo anterior e, por isso, não há qualquer risco de favorecimento.

“O PCP não desconhece que a lei 2/2004 diz que cessam as funções as comissões dos titulares dos órgãos dirigentes pela tomada de posse seguida de exercício de outro cargo”, começou por argumentar o deputado centrista.

Continuando o argumento, Abel Batista lembrou que as funções “cessam imediatamente e não há mais retomar lugar”. Segundo esclareceu o deputado, o que está garantido a Alexandre Vieira e Brito “é o lugar na carreira e a carreira deste senhor é ser professor do Instituto Politécnico de Viana do Castelo”.

Por isso, acusa o deputado do CDS, estas suspeitas são “falsas nos factos, difamam uma pessoa e não pedem desculpas”. “Esta atitude é profundamente lamentável”.

Já o deputado comunista João Ramos, que ontem pediu explicações à ministra da Agricultura, mantém que a pressa na nomeação do director-geral de Veterinária um dia antes da nomeação como secretário de Estado suscita dúvidas.

“Não percebemos qual é a pressa desta designação como director-geral quando a senhora ministra sabia que o senhor ia sair de director-geral”, sublinhou João Ramos. “O que nós entendemos é que era fundamental proceder a alguns esclarecimentos”, acrescentou ainda.

O CDS garante ainda que, ao contrário do que foi dito pelo PCP, Vieira e Brito também não avaliou a sua candidatura ao cargo de director-geral de Veterinária, apesar de pertencer à comissão de peritos que avalia os currículos dos concorrentes a cargos na administração pública.