Em contraciclo com a crise, feira de cortiça aposta na inovação

23 mai, 2012 • Rosário Silva

Só em Coruche são produzidas cerca de 8.400 toneladas de cortiça por ano. O sucesso do sector a nível internacional deve ser explorado, defende o presidente da Câmara.

Em contraciclo com a crise, feira de cortiça aposta na inovação

As novas aplicações de cortiça estão em destaque desta quinta-feira até domingo na Feira Internacional de Cortiça. Coruche é o maior produtor mundial e também o concelho que promove o certame, este ano dedicado à inovação de um sector que segue em contraciclo com a crise.

Só em Coruche são produzidas cerca de 8.400 toneladas de cortiça por ano. Com uma produção de cinco milhões de rolhas por dia e uma área de montado de sobro de 50.900 hectares, é um sector de elevada importância para a região, mas também para o país.

Deve ser encarado como uma oportunidade, realça Dionísio Mendes, presidente da Câmara Municipal de Coruche. “A cortiça é hoje um produto de excelência. Nas nossas exportações a cortiça tem um peso muito grande e continua a sobreviver apesar da crise.”

“Está um pouco em contraciclo. O volume de vendas, a projecção internacional da cortiça, a venda de rolhas para todo o mundo e as novas aplicações, continuam a ser muito importantes na economia nacional,” realça o autarca.

A Feira Internacional de Cortiça aposta este ano na inovação: “Vamos ter bolas de futebol em cortiça, já certificadas e reconhecidas oficialmente como bolas de futebol. Vamos ter um conjunto de jogos de futebol de praia, feitos com bolas de cortiça. Vamos ter os caiaques Nelo, que são caiaques portugueses, canoas de competição e que também incorporam cortiça,” descreve Dionísio Mendes.

No decorrer do evento, vai ser lançada a “Plataforma da Cortiça”, um espaço onde os produtores vão poder expor as amostras de cortiça que se destinam à campanha deste ano.