30 set, 2014
As autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram esta terça-feira que diagnosticaram o primeiro caso de ébola no país.
O paciente esteve recentemente na África Ocidental e manifestou sintomas de ébola vários dias depois de regressar ao Texas, explica o director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla inglesa), Thomas Frieden.
“O indivíduo deixou a Libéria a 19 de Setembro, chegou aos Estados Unidos a 20 de Setembro. Não tinha sintomas quando saiu da Libéria ou quando entrou no país, mas quatro ou cinco dias depois, por volta do dia 24 de Setembro, começou a desenvolver sintomas. No dia 26 recebeu os primeiros tratamentos e no domingo, 28 de Setembro, foi internado num hospital do Texas, onde ficou em isolamento.”
O director do CDC admite a possibilidade de outras pessoas que contactaram de perto com o paciente poderem “desenvolver ébola nas próximas semanas”. Uma "mão cheia" de pessoas, na maioria familiares, conviveram recentemente com o doente, adiantou Thomas Frieden.
O responsável não acredita que este caso represente uma ameaça para os passageiros que viajaram no mesmo avião que o paciente agora internado em isolamento no Texas.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já foi colocado a par do caso pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, indicou a Casa Branca.
Um hospital de Dallas, no estado do Texas, tinha revelado na segunda-feira que uma pessoa tinha sido submetida a análises por suspeita de ter estar infectada com o vírus do ébola.
Os hospitais norte-americanos já trataram com medicamentos experimentais pelo menos três pessoas. Estes pacientes tinham sido diagnosticados com ébola em países da África Ocidental e foram posteriormente transferidos para os Estados Unidos.
A África Ocidental é o epicentro da epidemia que já matou mais de três mil pessoas em seis meses.
O surto de ébola começou na Guiné Conacri e propagou-se à Serra Leoa, Libéria, Nigéria e Senegal. Agora chegou aos Estados Unidos.
Portugal testa prontidão
Portugal prepara-se para a doença que o Conselho de Segurança das Nações Unidas considera uma ameaça à paz e à segurança internacionais.
O ministro da Defesa assistiu esta terça-feira a um exercício de prontidão da Força Aérea de combate ao ébola, registando que a "dimensão preventiva" que é necessário ter e o "máximo de condições" para minimizar os riscos do vírus.
"Aqui temos uma missão preventiva. Devemos ter uma dimensão preventiva, e sabendo que o risco de propagação é grande, de acautelar e ter o máximo de condições para minimizar os riscos que podem ocorrer", declarou José Pedro Aguiar-Branco.
[notícia actualizada às 02h11]