Seguro e Costa trocam acusações de fuga ao debate

22 jun, 2014

Este domingo há reunião da comissão nacional do partido. A presidente do partido rejeitou o pedido de marcação de um congresso extraordinário e de eleições directas.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse este domingo esperar que "acabem as manobras estatutárias", recordando que "as eleições estão marcadas" e "agora é o tempo do debate", que acusa o opositor António Costa de rejeitar.

À entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, onde foi recebido por aplausos dos militantes, António José Seguro foi peremptório: "Espero que acabem as manobras estatutárias. Como é sabido as eleições já foram marcadas no dia 5 de Junho e portanto aquilo que eu espero é que haja debate".

O secretário-geral do PS recordou aos jornalistas que aceitou os debates propostos pelas televisões e que "António Costa é que tem recusado esses debates", sublinhando que "este é o tempo do esclarecimento e esperando que "isso hoje fique definitivamente esclarecido".

“Ao contrário do que algumas pessoas dizem não há nenhum atraso. Há até um grande avanço. Pela primeira vez na história da democracia portuguesa há um partido que abre a escolha do seu candidato a primeiro-ministro à cidadania", respondeu. 
 
Já António Costa criticou o secretário-geral do partido que acusa de estar "barricado" nas questões estatutárias e apelou a António José Seguro, para que esteja à altura das suas responsabilidades, permitindo que se trave o debate democrático.

À entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, Costa afirmou que "há pessoas que têm estado neste debate com uma postura algo nervosa, barricando-se em questões estatutárias para evitar a discussão da questão política. Tenho procurado furtar-me ao debate da questão estatutária, porque não é isso que preocupa os portugueses", declarou.

Depois, o presidente da Câmara de Lisboa deixou um apelo directo a António José Seguro: "Apelo ao secretário-geral do PS que, em nome das suas responsabilidades especiais, esteja à altura do debate democrático que o partido exige, que os portugueses têm vontade que exista e que honra a tradição do PS".