Bispos eslovenos resignam por má gestão financeira

31 jul, 2013

Em 2011 as dioceses de Liubliana e de Maribor entraram em ruptura financeira devido a más decisões tomadas pelos bispos e seus assistentes mais directos. No caso de Maribor a dívida resultante chegou aos 800 milhões de euros.

O Papa aceitou esta quarta-feira a resignação dos dois principais bispos da Eslovénia, por má gestão financeira.

O boletim diário do Vaticano diz que as resignações foram aceites com base no artigo 2º do número 401 do Código do Direito Canónico, que prevê que um bispo possa resignar por razões de doença ou “outros motivos graves”. Este é o cânone normalmente usado para justificar a resignação de bispos acusados de abusos sexuais, ou de encobrimento dos mesmos nas suas dioceses.

Os bispos de Maribor e de Liubliana, que têm 58 e 70 anos respectivamente, estão ainda longe dos 75 anos a partir dos quais deviam submeter ao Papa as suas resignações e o próprio Núncio Apostólico, representante diplomático do Papa na Eslovénia, confirmou que a razão por detrás das resignações é financeira.

Em 2011 ambas as dioceses entraram em ruptura financeira devido a más decisões tomadas pelos bispos e seus assistentes mais directos. No caso de Maribor a dívida resultante chegou aos 800 milhões de euros.

O núncio apostólico fez questão de agradecer toda a colaboração dos bispos Anton Stres e Marjan Turnšek, de Liubliana e de Maribor respectivamente, que acederam prontamente aos pedidos do Papa e mostraram “obediência e humildade”.

As resignações de hierarcas católicos por motivos financeiros são acontecimentos bastante raros.