Guimarães

Casas de Mesão Frio em risco "foram construídas sobre aterro por onde passa água"

03 abr, 2013 • Olímpia Mairos

Durante a manhã já houve "algum movimento de terras", pelo que a situação "ainda é perigosa". Câmara de Guimarães e Estradas de Portugal estão a avaliar resposta ao problema.

Casas de Mesão Frio em risco "foram construídas sobre aterro por onde passa água"
Um dezliamento de terras cortou a circular urbana de Guimarães e colocou dez habitações em risco de derrocada. Seis familias ficaram desalojadas, e ainda não se sabe quando poderão voltar a casa. Os trabalhos de limpeza decorrem com o "máximo cuidado", porque ainda há perigo de novos deslizamentos.
O presidente da Junta de Freguesia de Mesão Frio, Alcino de Sousa, diz que as casas que estão ameaçadas pelo aluimento de terras na estrada nacional que liga Fafe a Guimarães foram construídas sobre um aterro por onde passa uma linha de água. Dois blocos de moradias estão em risco.

"Houve ali aterros durante algum tempo, não sei quanto, mas houve terras colocadas ali para se poder construir, caso contrário não dava. Havia ali uma linha de água, mas não era grande coisa. Aqui é uma zona onde nasce muita água", esclarece.

Técnicos e especialistas da Câmara de Guimarães e da Estradas de Portugal estão a ultimar a estratégia que vai decidir o futuro de dois blocos de habitações na freguesia de Mesão Frio, que foram evacuados terça-feira ao final da tarde após um deslizamento de terras. Ao todo, foram dez casas que ficaram expostas por efeito do mau tempo que se tem feito sentir e cujo estado agora tem de ser avaliado.

Um dos blocos ficou descalço no aluimento de terras, que acabou por interromper a circulação na estrada Nacional 206, que liga Guimarães a Fafe. Os trabalhos para remover "o monte" de terra da derrocada de terça-feira em Guimarães recomeçaram na manhã de quarta-feira, depois de terem sido suspensos às 3h00, e ainda se mantém o risco de as habitações na encosta ruírem, segundo fonte da Protecção Civil.

Durante a manhã já houve "algum movimento de terras", pelo que a situação "ainda é perigosa", explicou a mesma fonte.