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PORTUGAL

Diminuir a dependência das importações da China é a primeira grande lição económica que António Costa extrai da crise provocada pela pandemia de Covid-19. A entrevista foi à Renascença, horas antes de ser anunciado um novo recorde de mortos em 24 horas. Mas serão os únicos? Até Costa tem dúvidas.

• Em entrevista à Renascença, o primeiro-ministro considera que é tempo de Portugal e a Europa passarem a produzir muito do que se habituaram a importar da China. Costa confirmou também que o dia 4 de maio é a data limite para o retomar das aulas presenciais, caso seja essa a opção do Governo (os pais querem garantias). Deixou ainda o aviso de que abril é o mês de maior risco para a explosão ou contenção da covid-19. Por fim, o primeiro-ministro alertou para o perigo desta crise para a Europa, que não se deve deixar contaminar pelo vírus da divisão.
• E também à Renascença, o major-general Bargão dos Santos não se conforma com o desperdício de capacidades, outrora pertencentes ao Exército, Força Aérea e Marinha: há 400 camas, blocos operatórios e cuidados intensivos a serem desperdiçados, alerta.
• Portugal sofreu o maior aumento de número de mortos esta sexta-feira devido à covid-19. Foram 37, segundo os dados oficiais, ainda assim muito, muito longe dos piores cenários que se vivem noutros países europeus, embora António Costa admite que possa ter havido mortes de coronavírus não diagnosticadas durante o mês de março. E quando é que será o tão anunciado pico de contágio? Perguntámos aos especialistas.
• Em plena pandemia, o Governo está a desperdiçar recursos médicos que pertenceram às Forças Armadas. A acusação parte do major-general Bargão dos Santos.
• A FNAC, H&M e Primark são algumas das multinacionais com presença em Portugal que decidiram colocar grande parte dos seus trabalhadores em “lay-off”. Confuso sobre o que significa o lay-off e o que mudou com o estado de emergência? Pedimos explicações aos especialistas.
• Está em teletrabalho? O Governo esclareceu esta sexta-feira que continua a ter direito a subsídio de refeição.
• As forças de segurança fizeram 108 detenções durante o primeiro período do estado de emergência. Segundo o ministro da Administração Interna, as mais graves foram as 29 relativas à violação das obrigações de confinamento. Eduardo Cabrita revelou ainda que mais de mil pessoas foram impedidas de entrar em Portugal pelas fronteiras terrestres com Espanha. Entre os quatro mil portugueses que pediram ajuda o Estado para regressarem, 75% já cá estão.
• Não pára de aumentar o número de organizações que contribuem para derrotar o coronavírus. O Grupo Renascença fez um donativo de material médico a dois hospitais.

MUNDO

Se em Portugal nos lamentamos de ter tido 37 mortes em 24 horas, há países que muito dariam para estar na nossa posição. Em Espanha morreram quase mil pessoas no mesmo período de tempo e nos Estados Unidos essa barreira foi superada. Melhores estão os santomenses, que não têm casos, embora se tivessem dificilmente saberiam.

• Em Itália, o pico da covid-19 continua no auge, com a progressão do número de pessoas infetadas a apresentar-se estável. Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 2.339 doentes e mais 766 óbitos. Em Espanha, novo recorde de mortes, já perigosamente perto dos mil por dia. Os Estados Unidos passaram a barreira e sofreram o maior número de mortos num só dia em todo o mundo, desde que a pandemia começou.
• Cada país impõe restrições à sua maneira. Se ontem demos conta das Filipinas, onde a ordem é de atirar a matar a quem furar a quarentena, hoje falamos do Peru, onde homens e mulheres só podem sair de casa em dias alternados.
• Já são menos de 20 os países do mundo que não têm casos reportados de covid-19. O único de língua portuguesa é São Tomé e Príncipe. Se bem que não é difícil não ter casos reportados quando não existem testes, nem clínicas capazes de os fazer, nem voos para os mandar para o estrangeiro.
• Por regra os mortos têm sido sobretudo pessoas de mais idade, mas a OMS aviso esta sexta-feira que estão a aumentar as infeções e as mortes entre pessoas mais novas.
• Ninguém disse que este período ia ser fácil. A economia europeia já se afundou 10% e, segundo este especialista, o pior está para vir.