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A irmã Maria Lúcia Ferreira relata "imagens terríveis" na Síria, depois de um sismo de 7,6 na escala de Richter, e em que "as pessoas não sabem para onde ir".
À Renascença, a religiosa contemplativa que vive num mosteiro em Qara refere que "ainda há edifícios que estão a cair".
"Mesmo depois do terramoto, ainda há estruturas a colapsar do nada. E há milhares de pessoas nos escombros, porque não há meios para os encontrar a todos", conta.
A irmã Maria Lúcia Ferreira indica que na Síria há menos apoio internacional que na Turquia, que também sofreu um forte impacto do sismo.
"São muito poucos e com poucos meios. Não há cobertura nenhuma de meios de comunicação social. Ninguém está a falar nisso, mas a situação na Síria é pior que na Turquia", aponta.
"É uma grande tragédia"
Em Portugal, Ghalia Taki, uma cidadã síria que coordena o gabinete de interpretação do Serviço Jesuíta aos Refugiados, revela enorme preocupação com o que se passa no seu país e diz mesmo que já recebeu notícias de morte de alguns familiares.
Segundo conta à Renascença, é provável que "haja muitos mais" mortos e que as equipas de socorro "conseguem ouvir gritos" das pessoas que estão presas por baixo das derrocadas.
"É muito difícil seguir à distância e esta sensação de não ser capaz de fazer alguma coisa. É uma grande tragédia. Há muitas pessoas que perderam as suas casas e estão agora nas ruas com temperaturas abaixo de zero", relata.
Ghalia Taki pede à comunidade internacional para "intervir imediatamente".
"Todos têm direito à proteção e à vida", apela.