Presidente da UEFA. "Sanções à Rússia são necessárias"
11-03-2022 - 13:28
 • Renascença

A seleção russa foi excluída do Mundial 2022, assim como os clubes não podem entrar nas provas europeias. Ceferin lamenta por ter de castigar os jogadores de futebol.

Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, destaca a importância das sanções aos jogadores e clubes russos, apesar de admitir que é um cenário que lamenta, uma vez que os jogadores não são culpados pela invasão na Ucrânia.

"As sanções são necessárias, porque não é só política, é uma crise humanitária. O meu coração chora por ter de castigar os jogadores. Não é uma guerra deles, não foram eles que a decidiram e não a quiseram. Mas temos de mostrar unidade pela paz", disse, ao "Corriere della Sera".

Ceferin abordou ainda o fim dos contratos com empresas russas, nomeadamente a Gazprom.

"Financeiramente, custou-nos muito dinheiro. É um golpe enorme, mas há pessoas a serem assassinadas. Falo todos os dias com o presidente da federação ucraniana e cheguei a advertir Dyukov, da federação russa de futebol, antes de decidir. Não sou covarde, não faço as coisas secretamente", termina.

A UEFA, assim como a FIFA, excluíram a Rússia de disputar o "play-off" de acesso ao Mundial 2022, assim como todas as restantes equipas russas, como o Spartak de Moscovo, na Liga Europa.

A Rússia ficouainda sem a organização da final da Liga dos Campeões desta época, que se iria disputar em São Petersburgo.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.