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O primeiro-ministro não tem uma posição pessoal fechada sobre a eutanásia. “Eu se fosse deputado… [hesita]. Não tenho a certeza como votaria, sou-lhe totalmente sincero. Sei que não votaria contra, não sei se votaria a favor", respondeu, em entrevista à Renascença, esta terça-feira.
A comissão nacional do PS aprovou em Março, com uma larguíssima maioria, a moção da deputada Maria António Almeida Santos, que defende a legalização da eutanásia, mas que propõe sobretudo que o PS faça um debate amplo sobre o assunto.
Esta segunda-feira, em entrevista à Renascença, António Costa disse que este é um debate “difícil”, mas, na hora em que os deputados forem chamados a decidir sobre o tema, caberá à consciência de cada um ditar o sentido do seu voto.
“Acho que é uma opção de consciência de cada um e admito que a lei possa confiar ao juízo médico essa responsabilidade. É para mim um debate particularmente difícil, não por razões religiosas, mas por ser um optimista impenitente. Em matéria de consciência, a minha posição é sempre uma posição de respeito pela liberdade de cada um”, afirmou.
Com o título “Eutanásia, um debate sobre a vida”, Maria Antónia Almeida Santos defendia que o PS deveria tomar a liderança no debate sobre este tema e formar um grupo de trabalho para tratar este assunto de forma a tomar uma posição quando houvesse projecto próprio do Bloco de Esquerda, que já foi apresentado.
O líder parlamentar e presidente do partido, Carlos César, já garantiu que o PS não terá um projecto próprio sobre o assunto, o que não impedirá que deputadas como Maria António Almeida Santos e Isabel Moreira possam apresentar propostas. Os socialistas também já tinham decidido que os deputados vão ter liberdade de voto sobre esta matéria.