A pandemia vista pelas ciências sociais

Nesta série de entrevistas a Renascença dá voz às ciências humanas. A pedagogia, a demografia, a história, a economia, a filosofia, a antropologia, a sociologia e a ciência política. Uma reflexão sobre como a Covid-19 mexeu na ordem estabelecida e a projeção do incerto.

João Carlos Malta • Fábio Monteiro

“A antropologia nunca foi só o estar lá. A pandemia ajudou a consolidar alguns aspetos da leitura da realidade, a demorarmo-nos”

A antropologia” não tem voz”. “Na televisão, vemos economistas, politólogos, gestos. São eles que ditam quem o mundo é”, diz Humberto Martins, antropólogo e professor universitário, em entrevista à Renascença.

26 mar, 2021

“A antropologia nunca foi só o estar lá. A pandemia ajudou a consolidar alguns aspetos da leitura da realidade, a demorarmo-nos”“A antropologia nunca foi só o estar lá. A pandemia ajudou a consolidar alguns aspetos da leitura da realidade, a demorarmo-nos”
“Podem fazer promessas, podem atirar o dinheiro que quiserem ao SNS, nunca será suficiente”“Podem fazer promessas, podem atirar o dinheiro que quiserem ao SNS, nunca será suficiente”

“Podem fazer promessas, podem atirar o dinheiro que quiserem ao SNS, nunca será suficiente”

Por mais dinheiro que o Estado meta, profissionais contrate, o Serviço Nacional de Saúde português será sempre insustentável, defende o economista especializado em gastos com saúde pública Ernesto Ferreira, em entrevista à Renascença.

24 mar, 2021

"Ficarei bastante surpreendido se o Governo mantiver a sua popularidade incólume"

Pedro Magalhães, politólogo e uma das vozes mais autorizadas para falar de sondagens em Portugal, olha para os efeitos que a pandemia tem nos diversos regimes políticos e como os põe em comparação.

18 mar, 2021

"Ficarei bastante surpreendido se o Governo mantiver a sua popularidade incólume""Ficarei bastante surpreendido se o Governo mantiver a sua popularidade incólume"
"Da pandemia vamos levar connosco esta experiência da morte invisível""Da pandemia vamos levar connosco esta experiência da morte invisível"

"Da pandemia vamos levar connosco esta experiência da morte invisível"

Viriato Soromenho Marques, filósofo e professor catedrático da Universidade de Lisboa reflete sobre o que o coronavírus revelou sobre nós, sobre a relação da Humanidade com o tempo e, claro, sobre a forma como lidamos com a morte. De forma acutilante, aborda as tensões entre valores que a pandemia fez emergir.

17 mar, 2021

“Teria sido importante mobilizar uma task-force com especialistas não só de saúde ou economistas”

“Nenhuma pessoa tem a sapiência absoluta” defende Renato Carmo, o sociólogo, que há quase duas décadas se debruça sobre o tema de desigualdade social. Cconfessa-se “impressionado” com a capacidade de resposta do SNS e a “reinvenção” do setor da restauração, mas explica que o Governo poderia ter antecipado mais riscos com “uma espécie de task-force” do campo das ciências sociais.

12 mar, 2021

“Teria sido importante mobilizar uma task-force com especialistas não só de saúde ou economistas”“Teria sido importante mobilizar uma task-force com especialistas não só de saúde ou economistas”
“Há uma tentativa do estado chinês de se ilibar da responsabilidade devido à possível reação tardia à epidemia”“Há uma tentativa do estado chinês de se ilibar da responsabilidade devido à possível reação tardia à epidemia”

“Há uma tentativa do estado chinês de se ilibar da responsabilidade devido à possível reação tardia à epidemia”

A História é sempre ou quase sempre uma boa bússula para nos ajudar a orientar no presente e a imaginar o futuro. Mas há alturas em que pode não ser assim. O historiador José Neves crê que pode dar-se o caso de com a Covid-19 estarmos a viver algo de efetivamente novo.

10 mar, 2021

"Não podemos pedir aos miúdos que aprendam, quando não têm saúde, comida e casas estáveis"

Rui Correia, eleito o melhor professor do país em 2019, reflete sobre a covid-19 e as suas consequências para alunos, professores e escolas.

05 mar, 2021

"Não podemos pedir aos miúdos que aprendam, quando não têm saúde, comida e casas estáveis""Não podemos pedir aos miúdos que aprendam, quando não têm saúde, comida e casas estáveis"
“Emigração vai aumentar, mas não vamos chegar aos números” do tempo da troika“Emigração vai aumentar, mas não vamos chegar aos números” do tempo da troika

“Emigração vai aumentar, mas não vamos chegar aos números” do tempo da troika

Nos próximos anos, a imigração para Portugal deverá continuar estável. Já a emigração tenderá a aumentar. Mas há uma questão no ar: “Até que ponto as pessoas vão sair para procurar trabalho num sítio onde, se calhar, esses trabalhos também já não estão lá em abundância"? Para o geógrafo João Sardinha, é “imprevisível” quanto tempo vai demorar a recuperar.

03 mar, 2021