Gil Nadais e a mobilidade sustentável
20-11-2020 - 22:43
 • José Bastos

Presidente da ABIMOTA olha para o futuro da indústria em que Portugal é campeão europeu.

Agora é para valer: a bicicleta deve passar a ser um dos principais meios de transporte nas cidades. Em tempos de pandemia, o distanciamento social é o novo dogma urbano ao lado da mobilidade sustentável. A bicicleta permite cumprir na íntegra os dois mandamentos da modernidade.

A aposta nas duas rodas é uma das chaves para garantir o distanciamento que, seguramente, se manterá depois de 2020. Um estudo da Universidade de Harvard antecipando as dinâmicas de contágio da Covid até 2025, publicado na revista Science adverte que esta forma de autocuidado será necessária até 2022. Nesse cenário a bicicleta desempenhará um papel de primeiro plano alerta a OMS, Organização Mundial de Saúde.

“Sempre que seja possível, considere circular de bicicleta. Proporciona distanciamento físico enquanto cumpre com o requisito mínimo para a atividade física diária que pode ser mais difícil, devido ao aumento do teletrabalho e o acesso limitado ao desporto e outras atividades recreativas”, aconselha a OMS.

Por outro lado, antecipa-se “um regresso à normalidade” a ser “mais verde”, porque, justamente a quarentena mostrou a sua face mais amável para o ambiente. Segundo um estudo da Nature Climate Change, as emissões de CO2 reduziram-se 17% em todo o mundo, quando vários países mantinham boa parte da mobilidade em mínimos.

Neste contexto em que a bicicleta é um meio de transporte sustentável, simples, acessível, fiável, limpo e ecológico que contribui para a sustentabilidade ambiental e com a Covid19 por pano de fundo, é o meio de transporte mais seguro para evitar a transmissão, Portugal passou a ser o maior fabricante europeu na fileira das duas rodas.

Já a Comissão Europeia distinguiu esta semana o projeto Portugal Bike Value com o Grande Prémio de Apoio à Internacionalização, sublinhando uma indústria marcada pela inovação, tecnologias de ponta e empreendedorismo.

Como enfrenta o setor o desafio da Comissão Von der Leyen da descarbonização da economia em 2050? É uma das perguntas para Gil Nadais, secretário geral da ABIMOTA, Associação das Indústrias de Duas Rodas.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus