Cimeira Social do Porto. O maior desafio de segurança da última década?
06-05-2021 - 07:25
 • Celso Paiva Sol

Será dos poucos eventos presenciais da presidência portuguesa e estará devidamente adaptado às regras de segurança em tempo de pandemia. Ao todo, cerca de 30 altas individualidades obrigam a um complexo esquema de segurança.

A Cimeira Social do Porto, que se realiza esta sexta-feira e é seguida de um Conselho Europeu informal no sábado, é considerada o ponto alto da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.

Para a segurança, não só é o grande desafio desta presidência portuguesa, como um dos maiores da última década - talvez o maior desde a Cimeira da NATO, em 2010, na cidade de Lisboa.

À exceção da Alemanha e da Holanda, todos os outros Estados-membros estarão representados pelos chefes de estado ou de Governo, a que se juntam ainda os presidentes do Conselho, da Comissão e do Parlamento Europeu.

Ao todo, cerca de 30 altas individualidades que, mesmo com comitivas um pouco mais reduzidas do que o costume, obrigam a um complexo esquema de segurança.

Entre quinta-feira, dia em que começam a chegar as primeiras comitivas, e sábado, dia em que todas deixam a cidade do Porto, o plano centra-se em pontos muito concretos.

O aeroporto Francisco Sá Carneiro, a meia dúzia de hotéis selecionados e reservados para a ocasião (uns no Porto e outros em Gaia, onde decorrerão os trabalhos), a Alfândega e o Palácio de Cristal, e, claro, as largas dezenas de percursos que terão que ser percorridos ao longo dos três dias, entre todos estes pontos.

Para além da visibilidade dos perímetros de segurança, os portuenses vão sentir esta Cimeira no trânsito, não só nas ruas mais próximas dos vários pontos críticos, mas também nos condicionamentos pontuais à passagem de comitivas.

Para além disso, para estes três dias estão marcadas diversas manifestações, todas elas remetidas essencialmente para a zona central da cidade, como é o caso da CGTP, dos enfermeiros, dos lesados do BES e até da Amnistia Internacional.

A PSP montou um dispositivo correspondente ao grau de ameaça definido – que é o três, em cinco possíveis - e isso passa pelo envolvimento de algumas centenas de elementos.

Para o Porto convergiram polícias de outros seis comandos do país, bem como todas as cinco unidades de elite agrupadas na Unidade Especial de Polícia. Ao serviço também vão estar drones.