Governo "está a deixar pensionistas para trás", lamenta APRE
24-03-2023 - 23:30
 • João Malheiro

A presidente da APRE pede "aumentos justos" para os pensionistas, ou seja, "a um valor idêntico à inflação", com efeitos retroativos, até porque "a inflação não começou agora".

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A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE) diz que o Governo está a deixar este setor da população para trás.

O Governo apresentou um novo pacote de apoio às famílias esta sexta-feira, mas sem nenhuma medida direcionada para os pensionistas.

À Renascença, a presidente da APRE lamenta que em tantas medidas "não sejam referidas as pessoas reformadas", apelando, por exemplo, "à redução de IVA de medicamentos" e ao aumento das pensões.

Maria do Rosário Gama diz que falta também "referência aos mais velhos vulneráveis".

"A energia, as rendas, os lares subiram imenso. As pessoas tiveram um aumento de 2% e os lares aumentaram 8%. É muito difícil fazer frente a tantos aumentos", aponta.

A presidente da ARPE pede "aumentos justos" para os pensionistas, ou seja, "a um valor idêntico à inflação", com efeitos retroativos, até porque "a inflação não começou agora".

Maria do Rosário Gama destaca "que as dificuldades têm sido recorrentes" e há "pensionistas extremamente prejudicados".

E aponta que, apesar de diálogo com o Governo e deputados da Assembleia da República, os pensionistas sentem que a sua voz "não chega aos ouvidos do Governo".

"Se os reformados pudessem fazer greves, se calhar já teria havido uma atenção maior. Como não fazem greves, o Govern descuida-se. Parece que somos filhos de um deus menor", ironiza.