“Ambiente político altamente instável não é nada atrativo para o investimento estrangeiro”
14-11-2023 - 10:09
 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos

Para o comentador da Renascença, o pior que podemos ter é uma primeira página do Financial Times com a palavra ‘corrupção’ associada ao círculo do primeiro-ministro.

O comentador da Renascença João Duque entende que “só uma campanha eleitoral muito virada para o investimento e para a atração de investimento, não só estrangeiro, mas nacional”, pode inverter o cenário de desconfiança que se instalou com mais recente crise política.

Reportando-se à intervenção do primeiro-ministro no passado sábado, a defender a importância do investimento estrangeiro e dos projetos envolvidos na Operação Influencer, João Duque assinala que “a intervenção de António Costa tenha tido outro objetivo que não foi apenas defender o investimento estrangeiro”.

No habitual espaço de comentário n'As Três da Manhã, o comentador alerta que “há várias variáveis que impactam e que têm muita importância, quando os estrangeiros decidem investir num país”.

“E uma dessas variáveis é o ambiente político e a estabilidade política”, reforça.

Na visão de João Duque, vivemos “um ambiente político que está altamente instável, que não é nada atrativo para o investimento estrangeiro” e, por isso, António Costa viu-se pressionado para falar nele”.

“Não é porque tenha tido um consistente e persistente estímulo a esse investimento e cuidando até com uma política consistente fiscal atrativa, um enquadramento jurídico e, no fundo, legal, que possa estimular isso, mas um bocadinho pressionado por aquilo que foi uma circunstância particularmente desastrosa, que é quando se chega à primeira página do 'Financial Times' e se tem a palavra ‘corrupção’ junta ao círculo do primeiro-ministro”, argumenta.