O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu esta sexta-feira em baixa a taxa de inflação de outubro nos 10,1%, uma décima inferior à estimativa rápida divulgada no final do mês passado. Trata-se de um aumento de 0,8 pontos percentuais em relação ao mês passado e a mais alta inflação desde maio de 1992.
A taxa de inflação serve como referência para a atualização de preços das portagens nas autoestradas portuguesas, que deverão subir 10,46% a partir de janeiro de 2023.
O indicador de inflação que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos voltou a subir, desta vez para 7,1% - era de 6,9% em setembro.
A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 27,6% (22,2% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados acelerou para 18,9% (16,9% em setembro).
Entre os produtos e serviços que mais subiram no último mês estão o gás natural (77,4%), a fruta fresca (5,8%), gasolina (5,96%), gasóleo (5,96%) e restaurantes (1,24%). Em contrapartida, os preços em hotéis, pousadas e alojamentos desceram 9%, a eletricidade baixou 2,7% e os voos internacionais 6,8%.
A variação mensal do IPC foi 1,2% (valor idêntico no mês precedente e 0,5% em outubro de 2021). A variação média dos últimos doze meses foi 6,7% (6,0% em setembro).
O IHPC registou uma variação mensal de 1,1% (1,3% no mês anterior e 0,4% em outubro de 2021) e uma variação média dos últimos doze meses de 6,9% (6,2% no mês precedente).
A variação do IHPC de 8,0% em outubro é superior à taxa na zona Euro, incluindo de países como Espanha e França.