"O pior ainda está para vir". Bolsonaro admite mão criminosa no derrame de petróleo que atingiu o Brasil
04-11-2019 - 07:49
 • Renascença

O derrame, que aconteceu há cerca de dois meses, afetou 2.100 quilómetros da costa brasileira e contaminou mais de 300 praias no nordeste do país. O presidente brasileiro fala numa catástrofe.

Jair Bolsonaro admitiu, este domingo, existir mão criminosa no derrame de petróleo que contaminou mais de 300 praias do nordeste do Brasil. Em entrevista à Record TV, o presidente brasileiro fala numa catástrofe e diz que "o pior ainda está para vir".

"O petróleo pode ter passado pelo Brasil e regressado à costa africana ou outro local qualquer. Nós temos o anúncio de uma catástrofe que está por ocorrer por causa deste derrame, que pelo que tudo parece foi criminoso”, adiantou.

O derrame, que aconteceu há cerca de dois meses, a 2 de setembro, afetou 2.100 quilómetros da costa brasileira, prejudicando a pesca e o turismo.

O parque natural marinho de Abrolhos, no estado da Bahia, é um dos locais afetados pelo derrame.

Segundo as autoridades brasileiras, o petróleo é proveniente da Venezuela e foi derramado por um navio de pavilhão grego que pertence à empresa Delta Tankers, que nega a acusação e alega que não há vestígios de fuga no petroleiro.

Em comunicado, a empresa gestora do Bouboulina, o petroleiro que as autoridades brasileiras acreditam estar por trás do derrame, garantiu que o petroleiro saiu da Venezuela no dia 19 de julho e "foi diretamente para Melaka, na Malásia", onde descarregou a carga total sem perdas.

De acordo com a Delta Tankers, a embarcação não parou, não fez nenhum tipo de operação de transbordo de navio para navio, não sofreu nenhum vazamento, ou se desviou da rota definida.