Recorde de 265 mil infeções diárias nos EUA
29-12-2021 - 17:59
 • Lusa

A Ómicron é agora a variante dominante no país, de acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças.

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Os Estados Unidos registaram na terça-feira 265.427 novos casos de covid-19, em média, um recorde desde início da pandemia, impulsionado pela variante Ómicron, revelou hoje a Universidade Johns Hopkins.

A média de sete dias de casos diários agora registada no país ultrapassou o pico anterior da terceira vaga, em janeiro de 2021, que era de 252 mil casos.

A Ómicron é agora a variante dominante no país, de acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), e foi responsável por cerca de 59% dos novos casos na semana que terminou em 25 de dezembro.

Na terça-feira, a agência federal de saúde pública também reviu em baixa as estimativas para a semana anterior (terminada em 18 de dezembro): a proporção de 73% de casos da variante Ómicron, anteriormente comunicada, foi agora corrigida para 22,5%.

"Tivemos mais dados a chegar durante esse período e houve uma redução na proporção da Ómicron. É importante notar que estamos ainda a assistir a um aumento progressivo da Ómicron", afirmou uma porta-voz dos CDC à agência France-Presse, atribuindo a grande discrepância, em parte, à velocidade com que a variante se está a espalhar.

Com a variante Ómicron, altamente transmissível, a curva das novas infeções, que tinha caído entre o início de setembro e o final de outubro, após uma quarta vaga ligada à variante Delta, tem vindo a subir novamente nos últimos dois meses e cresce agora acentuadamente.

As admissões hospitalares estão também a aumentar, com cerca de 9.000 pacientes covid-19 a serem hospitalizados diariamente, mas este número está ainda longe dos 16.500 registados por dia no início de janeiro de 2021, de acordo com dados do CDC.

Atualmente, uma média de cerca de 1.200 pessoas morrem diariamente, enquanto há um ano o pico foi de 3.400.

A covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.