Ricardo Sá Fernandes disponível para mediar o conflito entre Joacine e o Livre
18-01-2020 - 11:46
 • Susana Madureira Martins, com Rui Barros

Advogado adverte: se nada mudar, o partido pode estar a caminhar para o desaparecimento.

Ricardo Sá Fernandes, advogado e militante do Livre, está disponível para mediar o conflito que opões a deputada Joacine Katar Moreira com o seu próprio partido, o Livre.

Em declarações aos jornalistas à entrada do primeiro dia de congresso do partido, que decorre este sábado em Lisboa, Sá Fernandes explicou que há uma contra-proposta que será apresentada que suspende o processo de retirada de confiança política à deputada e que, diz, vai apoiar.

Face aos vários conflitos e "desentendimentos" entre Joacine Katar Moreira e o Livre, o advogado defende a criação de uma comissão para facilitar a comunicação entre o grupo de contacto do partido e a deputada.

“O que eu acho que deve haver, e é o sentido dessa proposta, é que haja uma comissão interinstitucional entre os órgãos que procure encontrar soluções para ultrapassar aquilo que são divergências procedimentais que tem a ver com o feitio das pessoas, a sua cultura, alguma irritação. Mas não vejo nenhuma divergência de fundo não vejo nenhuma razão para que o partido provoque esta rutura que vai ser terrível para a sua vida futura e que não é boa nem para o partido para Joacine”, acrescenta.

Ricardo Sá Fernandes colocou-se do lado de Joacine Katar Moreira, lembrando que a deputada sempre deu todos os esclarecimentos que tinha a dar ao partido. E adverte: com este caminho o Livre pode estar a caminhar para o desaparecimento:

“Se havia coisas a corrigir, e há de certeza, havia um caminho para corrigir. Agora assistir a este suicídio político de um partido com base em razões procedimentais e de feitio de pessoas… A política tem que ter mais grandeza”, disse à entrada do congresso do partido que entrou nesta legislatura na Assembleia da República.

Também à entrada para o congresso, a deputada Joacine Katar Moreira garantiu aos jornalistas que a saída do parlamento “está fora de questão”.