Ministro rejeita responsabilidades no adiamento das obras na ferrovia
20-11-2019 - 14:40
 • André Rodrigues com Renascença

Pedro Nuno Santos atribui adiamento nas obras na ferrovia à falta de capacidade do setor da construção para dar resposta às necessidades públicas.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, rejeita responsabilidades do Estado sobre as suspensões e adiamentos de obras no âmbito do programa Ferrovia 20-20.

Em visita aos portos de Leixões e de Viana do Castelo, Pedro Nuno Santos diz que o setor da construção civil não tem a capacidade necessária, nesta fase, para responder às necessidades do investimento público. E isso, diz o ministro, é algo que "tem que se ir resolvendo”.

A Infraestruturas de Portugal admitiu, esta terça-feira, adiamentos nas obras ferroviárias, mas garante que não há cancelamentos. O esclarecimento surge após o "Jornal de Notícias" avançar que 18 obras previstas no âmbito do Programa Ferrovia 20-20, no valor de dois milhões de euros, foram suspensas ou atrasadas.

“Nós estamos sempre à procura das falhas do Estado, mas o que acontece é que não temos no país capacidade suficiente para dar resposta às necessidades públicas. Temos projetos com pouca qualidade, que têm de ser revistos várias vezes pela Infraestruturas de Portugal, mas também temos na fase de obra, obras com metade dos trabalhadores que seriam necessárias”, diz o ministro das Infraestruturas.

Pedro Nuno Santos defende o fim “de um desporto nacional que é o “para-arranca”, sublinhando que o atual Governo “toma, estabiliza e executa” decisões sobre as infraestruturas necessárias para se “viver melhor”.

Sobre as obras de expansão do aeroporto Humberto Delgado, o ministro nega que o governo esteja a tentar esquivar-se a uma avaliação de impacto ambiental e garante que está tão ou mais preocupado com esses impactos do que a ZERO.

"Ninguém está a fugir a nada. Nós queremos salvaguardar o ambiente, a qualidade de vida das nossas cidades, mais do que essas associações. Mas não queremos parar o desenvolvimento do país”, afirma.