Teletrabalho é medida “desproporcional”, avisa Confederação Empresarial
25-11-2021 - 22:41
 • Lusa

O teletrabalho volta a ser recomendado e será obrigatório entre 2 e 9 de janeiro, semana de contenção de contactos após as festividades do Natal e do fim do ano.

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O teletrabalho é uma medida “desproporcional” em relação ao objetivo, disse à Lusa Armindo Monteiro, um dos vice-presidentes da CIP – Confederação Empresarial de Portugal.

“Não posso ignorar que estamos com muitos casos e eles cresceram de forma exponencial, mas também não podemos ignorar que somos dos países mais vacinados e, por isso, a CIP não pode concordar com esta medida”, indicou, referindo que estão a ser "expiados os pecados do que aconteceu no Natal do ano passado”.

Armindo Monteiro salientou que há um “cuidado que parece excessivo”, visto que há um ano não havia “o nível de vacinação que há hoje e que impede a doença grave e muito grave”.

“Aqui parece uma desproporção em relação ao objetivo”, destacou, referindo que deveria “haver uma correspondência entre o custo e o objetivo da medida”, o que, defende, não há.

O teletrabalho volta a ser recomendado e será obrigatório entre 2 e 9 de janeiro, semana de contenção de contactos após as festividades do Natal e do fim do ano, anunciou o Governo, esta quinta-feira.

"Sempre que possível, o teletrabalho é recomendável para evitar excesso de contactos que permitam agravar a situação de pandemia", disse o primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros que aprovou medidas para conter a pandemia de Covid-19.

O Conselho de Ministros decidiu ainda que o teletrabalho vai ser obrigatório entre 2 e 9 de janeiro, semana de contenção de contactos.

Além disso, o certificado digital Covid-19 volta a ser obrigatório no acesso a restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local, a partir de 1 de dezembro, e "os testes passam a ser obrigatórios para qualquer entrada em território nacional, seja qual for o ponto de origem e seja qual for a nacionalidade do passageiro", disse o primeiro-ministro.