Saiba qual é o curso com a média mais alta de Portugal
10-09-2017 - 00:00
 • Rui Barros , João Cunha

Medicina é agora o quarto curso com a média mais alta. Engenharia Aeroespacial, Engenharia Física Tecnológica do Instituto Superior Técnico, seguida de Engenharia e Gestão Industrial, na Universidade do Porto, são agora os três cursos mais exigentes.

Veja também:


Pelo segundo ano consecutivo, Engenharia Aeroespacial, do Instituto Superior Técnico, é o curso com a média mais alta em Portugal. Os dados da 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior público, divulgados este domingo, mostram o reforço da posição deste curso na lista dos cursos mais difíceis de entrar, elevando o valor da sua média para 18,8.

Para segundo lugar fica o curso de Engenharia Física Tecnológica, também do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, que o ano passado tinha partilhado ex aequo o título de curso com a média mais alta no ensino superior público português. O último colocado neste curso tinha uma média de candidatura de 18,75 valores.

O terceiro lugar no pódio dos cursos mais difíceis de entrar vai para Engenharia de Gestão Industrial, da Universidade do Porto.

Os três cursos de engenharia voltam, pelo segundo ano consecutivo, a destronar os cursos de Medicina como os cursos com média de entrada mais elevada, algo que, até ao ano passado, não acontecia desde que tinha sido criado concurso nacional de acesso ao ensino superior nos moldes em que ele decorre agora.

Segundo os dados da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), há este ano nove cursos com média de entrada igual ou superior a 18 valores; aos três cursos de engenharia que figuram no top 3, junta-se o curso de Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (18,33); o curso de Bioengenharia da mesma universidade (18,28); os cursos de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (18,23) e da Universidade do Minho (18,13); bem como o curso de Matemática Aplicada e Computação do Técnico (181,3) e o curso de Engenharia Biomédica da mesma instituição (18,10).

Apesar da Universidade de Lisboa figurar com quatro cursos nos 10 primeiros cursos com a média mais alta - todos do Instituto Superior Técnico - é para a Universidade do Porto (com 52 cursos) que vai o galardão do valor médio de notas mais alto: 15.59, seguindo-se a Universidade Nova de Lisboa (14,59 em 38 cursos) e o ISCTE (14,58 em 19 cursos).

No extremo oposto estão 31 cursos com notas de entrada iguais ou superiores a 9,5 e inferiores a 10, um valor que desce gradualmente face ao ano anterior. Mais de 700 estudantes entraram no ensino superior nesta condição.

Mais na universidade, mas alunos no politécnico crescem

Dos quase 45 mil novos alunos no ensino superior, a maioria ingressa em universidades, mas o ensino politécnico cresce. Foram mais de 27 mil os colocados em universidades, em contraste com os 17 mil que ficaram colocados em politécnicos.

Os valores que não reflectem, apesar de tudo, a taxa de crescimento face ao ano passado, com o número de inscritos em universidades a crescer 2% e em politécnicos 8%. E há mais boas notícias para o ensino politécnico, uma vez que o número de estudantes a escolher os politécnicos como primeira opção cresceu na ordem dos 16%.

As notas cimeiras continuam, ainda assim, a pertencer às universidades. Se olharmos para as 100 melhores notas de acesso, só o Instituto Politécnico do Porto figura nessa lista, em 32º lugar, com o curso de Engenharia e Gestão Industrial.


Engenharia, Ciências Empresariais e Saúde

No que diz respeito às áreas de formação, a tendência mantém-se, com as engenharias e técnicas afins, saúde e ciências empresariais a liderar a lista de maior número de colocações. Somado o número de colocados nestas três áreas temos quase metade de todos os novos estudantes colocados na primeira fase.

Artes e Ciências do Comportamento são as outras duas áreas com o número de colocações acima de três mil estudantes.

O número de vagas não parece reflectir, no entanto, as ambições dos estudantes; nas 23 áreas de estudo definidas pela tutela, só 11 tiveram menos candidatos do que as vagas disponíveis na 1.ª fase, com o foco a ir para Informação e Jornalismo, que registou 1.481 candidatos para 875 vagas.

Destaque ainda para o aumento de 10% face ao ano anterior nos colocados nas áreas das Tecnologias de Informação e Comunicação Eletrónica e na Física, que segundo os dados da DGES, aumentou 10% face ao anterior, fruto da resposta positiva das instituições de ensino ao pedido da tutela para aumentarem o número de vagas nestas áreas de conhecimento.

Confira aqui todas as vagas disponíveis e médias de entrada na primeira fase de acesso ao ensino superior.