Portugal com menos doentes em cuidados intensivos desde outubro, em dia com 10 mortes e 434 casos de Covid-19
23-03-2021 - 14:11
 • Renascença

O número de novas infeções aumentou em relação a ontem. Em unidades de cuidados intensivos há menos seis internados, num total de 159 doentes mais graves.

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Portugal regista esta terça-feira mais 10 mortes e 434 novos casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O número de infeções aumentou em relação às 248 de ontem, que foi o valor mais baixo desde 1 de setembro.

Nos hospitais portugueses estão internadas 743 pessoas com o novo coronavírus, são menos 28 pacientes no espaço de um dia.

Em unidades de cuidados intensivos (UCI) há menos seis internados, num total de 159 doentes mais graves. É o número mais baixo de internados em UCI desde 18 de outubro.

Foram registados menos 788 casos ativos de Covid-19, em comparação com o balanço anterior. Portugal tem neste momento 32.332 pessoas infetadas.

Recuperaram da doença 1.212 pessoas e há 15 mil em contactos de vigilância.

Desde a chegada da pandemia ao país, em março do ano passado, Portugal tem confirmados mais de 818 mil casos e 16.794 mortes.

De acordo com o boletim da DGS, Portugal tem 81,3 casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes. Olhando só para o território do continente, a incidência é de 70,3 casos.

O índice de contágio R(t) em Portugal é esta terça-feira de 0,89, no continente é ligeiramente mais baixo: 0,88.

Numa análise por regiões, a região Norte tem cinco mortes e 113 novos casos.

Lisboa e Vale do Tejo regista três mortes e 157 infeções e a região Centro uma morte e 58 casos.

O Alentejo tem um óbito e 20 casos e o Algarve 28 novos casos e zero mortes.

Nas regiões autónomas, os Açores registam 24 casos e a Madeira 34.


O sucesso e continuidade do plano de desconfinamento depende de manter os indicadores de risco da Covid-19 controlados, mas a mobilidade está a aumentar e o "contexto europeu é adverso e preocupante", alertou esta terça-feira a ministra da Saúde, Marta Temido.

No final da reunião com peritos na sede do Infarmed, a governante disse que a "situação epidemiológica mantém-se estável, com uma tendência decrescente no número de novos casos, internamentos e mortalidade”.

Na reunião da manhã desta terça-feira foi feito um balanço bastante positivo da evolução da pandemia em Portugal, dando conta de uma redução generalizada da taxa de incidência da doença no país, ainda que o R (taxa de transmissibilidade) esteja a aumentar e seja agora de 0,89. Ainda assim, há dados positivos como um decréscimo da prevalência do vírus nas faixas etárias mais velhas, e por isso regista-se um decréscimo da letalidade.

Há no entanto, algumas ameaças a este cenário que os especialistas apontaram. Uma das ameaças mais sérias é a das novas estirpes que já têm taxas de prevalência muito altas, nomeadamente a do Reino Unido. As estirpes são também mais mortais: dobram todas elas as probabilidades de morrer. A vacinação e o ritmo do processo foi um tema incontornável.

André Peralta, da DGS, fez um retrato positivo da evolução da pandemia em Portugal. Em quase todos os indicadores os números são agora melhores. No entanto, alerta para que o número de internados não cresça novamente a vacinação tem de ir até às faixas etárias de 40-60 anos.

Evolução da Covid-19 em Portugal