Clérigos exibe exposição dedicada ao confinamento da Covid-19
08-06-2021 - 17:55
 • Henrique Cunha

Antes da pandemia havia até 3 mil visitas por dia à Torre e ao Museu dos Clérigos e mesmo com as adaptações à pandemia há cerca de 600 visitas por dia.

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“Só, neste Porto só!” é o título da exposição patente no museu dos Clérigos que visa mostrar como estava a cidade aquando do primeiro grande confinamento do ano passado.

António Tavares, diretor-executivo da Irmandade dos Clérigos diz que este conjunto fotográfico “são um registo histórico de um momento ímpar da história da cidade do Porto”.

“Quisemos partilhar e mostrar o que foi viver na cidade do Porto sem gente, mas também quisemos partilhar o outro lado desta pandemia, ou seja, quisemos passar uma luz, uma esperança de que a vida apesar de estar limitada neste período de confinamento não parou, e este contexto está bem vincado no vídeo do Paulo Ramalhão e nas fotografias da Clara Ramalhão”; acrescenta António Tavares.

O responsável diz que, por um lado, a exposição “mostra um Porto desolado, um Porto escuro, um Porto granítico, um Porto cinzento”, depois de a 13 de março de 2020 tudo ter parado. E foi “esse sentimento que a direção presidida pelo padre Manuel Fernando quis mostrar este sentimento agridoce e trazer para o nosso espaço de exposições temporárias esta mostra”.

A exposição pode ser visitada no quarto piso do Museu dos Clérigos, no período normal de funcionamento das visitas aos Clérigos: 09h00 às 19h00. Estará aberta até dia 31 de agosto.

“Só, neste Porto só!” foi inaugurada pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda, no dia 18 de maio, três dias depois da reabertura ao público do complexo dos Clérigos. De lá para cá, tem vindo a aumentar progressivamente o número de visitas à torre e museu. D. António Tavares acredita que “ao atual ritmo crescente de visitas iremos chegar ao verão com números superiores aos verificados no último ano”.

Antes da pandemia, de acordo com o diretor-executivo da Irmandade, “havia mais de 3 mil visitas por dia à Torre e ao Museu”, mas nesta altura em que se cumprem regras de segurança e de distanciamento social “é lógico que tivemos de adaptar o espaço e o nosso limite de entradas no nosso edifício está muito mais reduzido”.

Ainda assim, os últimos dados apontam para a possibilidade de se atingir o limite de visitas diárias à torre e que está um pouco acima das 600.