Espanha, a geometria eleitoral variável
10-11-2019 - 16:23
 • José Bastos

Luís Aguiar-Conraria, Nuno Botelho e Nuno Garoupa analisam a atualidade.

Pela segunda vez no ano e quarta desde 2015, milhões de espanhóis votam este domingo com o desafio de encontrar a chave da governabilidade.

Há um bloqueio político, velho de quatro anos, a retroalimentar um enorme desencanto da sociedade face à classe política e, logo mais se verá, à abstenção eleitoral.

Saber até onde vai a abstenção é um dos guias de leitura dos resultados que em 2016, quando Rajoy não conseguiu formar governo, foi de 34%.

As diferentes sondagens projectam quatro possíveis cenários de desbloqueio. Todos as possibilidades requerem acordos entre mais de dois partidos.

Um seria o PSOE com Podemos, Más País (excisão recente de Podemos) mais regionalistas e nacionalistas. Outra a maioria de centro-direita PP, Vox e Ciudadanos (nenhuma sondagem o prevê, mas na Andaluzia em Dezembro também ninguém previa). Outra seria uma solução 'à alemã', acordo PSOE/PP. Por último, a 'solução Sánchez', os partidos permitem que o partido mais votado inicie a legislatura.

Estas análises resultam da média das sondagens: PSOE repete resultado idêntico a Abril, PP sobe até aos 90 deputados, Podemos não cai muito, Ciudadanos desmorona e Vox dispara acima de 50 parlamentares.

E a Catalunha? E que cenário mais interessa à economia de Portugal no maior destino de exportações?

Perguntas para Nuno Garoupa, professor da GMU Scalia Law, universidade de Arlington, na Virginia, Luís Aguiar-Conraria, professor da Universidade do Minho e Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto.