Assunção Cristas: Portugueses que pagam “a maior carga fiscal de sempre” não se reveem no editorial do “Financial Times”
26-08-2019 - 17:25
 • Renascença

Líder do CDS considera que o artigo revela distanciamento sobre a realidade do país.

A líder do CDS, Assunção Cristas, considera que os portugueses que pagam “a maior carga fiscal de sempre” não se reveem no editorial do “Financial Times”, que elogia o Governo e o desempenho da economia nacional.

“Eu creio que vale a pena verificar no concreto o que é a vida em Portugal e, talvez, haja algum distanciamento”, afirma Assunção Cristas.

“Eu não acredito que as pessoas que hoje vivem em Portugal sintam que a maior carga fiscal de sempre as ajuda na sua vida quotidiana”, atira a líder do CDS.

Assunção Cristas, que falava aos jornalistas no Palácio da Justiça, em Lisboa, após a entrega da lista que encabeça pelo círculo eleitoral de Lisboa, considera que Portugal não está no seu “melhor momento”.

A líder do CDS nega a existência de uma crise no partido e defende que o objetivo nas legislativas de 6 de outubro "é trabalhar para manter e para fazer crescer" a representação no parlamento.

"O nosso objetivo é trabalhar para merecer a confiança de todos aqueles que se reveem num país diferente, com mais ambição, com mais arrojo, com mais capacidade de progredirmos, e é para isso que estamos a trabalhar. Eu acredito que há muitas pessoas que se reveem nestas propostas e nestas preocupações do CDS", disse Assunção Cristas.

O líder do PSD também comentou o artigo do jornal britânico "Financial Times". Rui Rio lembrou ter sido o "endividamento de Portugal face ao exterior" que "levou o país à falência" e que essa tendência já se está o observar, de novo.

"O endividamento de Portugal face ao exterior está a aumentar face ao exterior e foi isso que determinou a falência há uns anos", afirmou Rui Rio.

Para o primeiro-ministro, António Costa, o editorial corresponde “àquilo que genericamente a imprensa internacional tem sinalizado em relação a Portugal”.

“Houve uma recuperação muito grande que o país teve nos últimos anos e que se traduz não só no reconhecimento dos órgãos de comunicação social, designadamente a imprensa económica, mas sobretudo daqueles que investem. Temos números recorde de atração de investimento direto estrangeiro, como não se conseguia em muitas décadas”, afirmou António Costa, em Vila de Rei.