Costa diz que PRR é melhor solução do que “atirar tinta verde a ministros”
26-09-2023 - 19:41
 • Tomás Anjinho Chagas

Primeiro-ministro defende que o Plano de Recuperação e Resiliência é “um instrumento de transformação” do país, como a Expo98, o Euro2004 ou a JMJ.

O primeiro-ministro, António Costa, acredita que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é uma solução "bem mais eficiente" para o combate às alterações climáticas do que “atirar bolas de tinta” a membros do Governo.

É a resposta do chefe do executivo depois de, esta terça-feira, um grupo de ativistas pelo clima ter interrompido um evento da CNN e atirar tinta verde contra o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.

Durante a apresentação da reprogramação do PRR, esta terça-feira no CCB, em Lisboa, António Costa referiu-se ao Plano de Recuperação e Resiliência como “um instrumento de transformação” do país, e aproveitou para comentar o incidente que envolveu Duarte Cordeiro.

"Passamos a ter um PRR onde 41,2% das verbas são alocadas ao combate às alterações climáticas. Permitam-me um aparte: é um combate bem mais eficiente do que atirar bolas de tinta verde a qualquer ministro", ironizou o primeiro-ministro durante o discurso.

PRR é como Expo ou JMJ

Perante parceiros sociais, membros do Governo e da sociedade civil, António Costa sugeriu que o PRR é um momento de exceção, tal como o que se viveu quando Portugal organizou a Expo98, o Euro2004 ou a JMJ, e que em momentos desses o país responde de forma "excecional".

"Nós somos sempre excecionais em momentos excecionais. A nossa grande dificuldade é sermos excecionais em situações de normalidade", introduziu o chefe de Governo, que acredita que a bazuca europeia, por ter prazos bem definidos, coloca essa pressão a que o país responde bem.

António Costa diz que "felizmente, o PRR impõe-nos essa excecionalidade", por ter um prazo de execução que expira no final de 2026, e é por isso que acredita que a bazuca vai ser bem executada.

Antes do primeiro-ministro, a ministra da Presidência (em quem recai a tutela política do PRR) garantiu que reprogramação da bazuca europeia não vai significar "uma guinada" no rumo deste programa.

Mariana Vieira da Silva assegura que "ninguém vai inventar a roda" e que o reforço de 5,6 mil milhões de euros só vai servir para um complemento dos objetivos já estabelecidos.