Presidente pede "sensatez" na Páscoa para que desconfinamento seja "bem sucedido"
25-03-2021 - 20:01
 • Renascença

Na mensagem dirigida ao país com os fundamentos de mais uma renovação do estado de emergência, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que um desconfinamento bem sucedido requer capacidade para "testar, rastrear, vacinar". Mas não chega: o Presidente pede "sensatez" aos portugueses, sobretudo no período da Páscoa.

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O Presidente da República pede "sensatez" aos portugueses na semana da Páscoa, de modo a evitar as reuniões familiares.

"É um tempo de encontro familiar intenso e as confissões religiosas sabem-no melhor do que ninguém, e têm sido exemplares na proteção da vida e da saúde", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.

A 14.ª renovação do estado de emergência abrange o período para lá do período pascal e, uma vez terminado, ainda faltarão cerca de duas semanas até à conclusão do calendário de desconfinamento estabelecido pelo Governo.

"O que todos desejamos é que a tendência de diminuição de casos, mortes e internamentos prevaleça. Queremos o esbatimento da pandemia antes do verão, para que se possa deixar o estado de emergência".

"Façamos deste tempo um tempo definitivo, sem novos confinamentos" para que seja possível "reconstruir tudo aquilo que a pandemia destruiu".

No entanto, na mensagem que dirigiu ao país para justificar a renovação do estado de emergência até 15 de abril, o Chefe do Estado lembrou que a evolução da pandemia de Covid-19 será determinante para o levantamento das restrições.

"Estamos mais perto do que nunca, mas ainda não chegamos à meta que desejamos: um verão e um outono que representem mesmo o termo de mais de um ano de vidas adiadas, de vidas atropeladas, de vidas desfeitas (...) há ainda caminho a fazer e precaução a tomar", sublinha Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que um "desconfinamento bem sucedido exige testar e rastrear as escolas que já abriram e as que vão abrir depois da Páscoa", exige "vacinar mais e mais depressa".

Sobre o hiato no plano de vacinação, motivado, por um lado, pelos atrasos no fornecimento de vacinas, e, por outro lado, pela suspensão temporária da administração da vacina da AstraZeneca, Marcelo disse esperar que "estas questões possam ser finalmente ultrapassadas já a partir de abril".

"Naquilo que de nós dependa, tudo façamos para recuperar o tempo perdido, convertendo o milhão da primeira toma e no meio milhão da segunda toma em 70% de imunizados em setembro", concluiu.